De Luis Miura, ex-diretor de Trânsito de Maringá:
Sem entrar nos detalhamentos mais técnicos, eu gostaria de manifestar sobre a fiscalização eletrônica utilizada aí em Maringá. Porém, antes disso, preciso deixar muito claro que não tenho nenhum interesse financeiro, comercial, ou político, com qualquer dos envolvidos no sistema. Se isso ocorresse certamente teria continuado à frente do órgão de trânsito daí, com todas as possibilidades a meu favor. Acompanho pelo Brasil toda a evolução tecnológica com o interesse voltado nos resultados. Uma área cheia de corrupções, interesses escusos, tem comprometido os excelentes instrumentos auxiliares da fiscalização de trânsito. Conheço performances excelentes que se devidamente aproveitados poderiam reduzir significativamente a violência absurda do trânsito. É incompreensível que o brasileiro não esteja enxergando isso. Mortes, aleijamentos, gastos gigantescos exaustivamente demonstrados pelas pesquisas, não chegam a sensibilizar os administradores públicos e os políticos. Uma das gratas satisfações experimentadas por mim na curta passagem por Maringá foi conhecer o sistema eletrônico utilizado (na época, desativado). Algumas inconveniências que não comprometem pude verificar. Normalmente a incapacidade técnica dos órgãos públicos inviabilizariam o sistema utilizado. Entretanto, em função do tamanho da cidade, ficou justa a condição de operacionalização. Já na administração anterior (petista) assim funcionou e pelo que vi de forma eficiente. Com resultados tecnicamente bons. O aperfeiçoamento sempre é requerido. Por isso era necessário aí, intervir algum especialista em comportamento. Mas, a tecnologia eficiente com a forma de administrar singular, causou-me uma agradável surpresa. Um sistema com custos reduzido (o mais barato que conheci) e condições contratuais que estabelecia independência em relação à empresa prestadora de serviços, poderia apresentar uma excelente performance. Enfim, o que quero registrar é que a tecnologia a ser utilizada, aliado à forma de operacionalização, garante para Maringá um dos melhores sistemas com uma operacionalização de custo menor que conheço. Comparado com os que estão espalhados por esse Brasilsão, certamente resultará em maiores valores para empregar na sinalização, educação e fiscalização. Como assim estabelece o Código de Trânsito Brasileiro. Sinto não estar em Maringá para poder “in loco”, observar os resultados. Que tenho certeza serão bons para a cidade.
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