19.8.09

Licitações, palavreados, táticas

Tudo aponta para uma semelhança entre esses dois editais de licitação acima (clique para ampliar). O primeiro, de janeiro de 2005, é assinado pelo ex-presidente da Câmara Municipal de Maringá João Alves Correa (PMDB) e resultou num badalado escândalo. O edital, publicado em jornal local, informava que o Legislativo queria contratar "empresa especializada em fornecimento e implantação de sistema de modernização em comunicação". Quem iria imaginar que esse palavreado escondia o verdadeiro objetivo, que era adquirir 20 laptops e dois tripés para câmeras? Na confecção do edital, percebe-se, já estava tudo errado, pois a lei é clara: é preciso dizer sem meias-palavras o que o dinheiro público pretende comprar.
O de baixo é uma concorrência realizada pela administração cidadã na semana passada. Diz que o município quer contratar "empresa para prestação de serviços técnicos profissionais especializados na confecção e fornecimento de cartões magnéticos, com o objetivo de limitar créditos, vinculados à folha de pagamento, destinados para todos os servidores municipais". Quem lê pensa que é só isso, mas não é. Por detrás desse palavreado parece estar a mesma tática adotada em 2005 pelo Legislativo, pois a prefeitura está em verdade é contratando uma empresa para gerenciar o sistema de informações e administrar cartões dos funcionários públicos maringaenses - um negócio milionário. Depois eu continuo a história.

4 pitacos:

Joao,  19:07  

Interessante fazer saber que temos em Maringá duas Empresas habilitadas a fazer este tipo de serviço, mas fomos até a Prefeitura e lá foi nos dito que somente era para impressão de cartão e não para administração, por isso não participamos desta licitação. Hoje vendo este blog acreditamos que realmente esta licitação e direcionada para alguem.

João,  19:10  

Outra coisa, certamente se esta licitação não estivesse maquiada tambem não ganharia nenhuma Empresa de Maringá, pois isso pode oferecer até 250.000,00 por mês para a Empresa vencedora e certamente seria o Visa ou Master.

Anônimo,  19:42  

SOU FUNCIONÁRIO PUBLICO E ACHO QUE DEVERIAMOS POR OPTAR SOBRE ESTA LICITALÇÃO POIS NÃO PODEM FAZEM COMPROMISSO COM NOSSO SALÁRIO SEM NOS CONSULTAR.

Anônimo,  08:18  

Quem iria imaginar que temos um aparato judicial que permite reincidências em ilicitos de todos os tipos, seja na fase de assessoria, consultoria, análise ou julgamento.
Vivemos a pior das ditaduras. E temos que ver hoje pessoas honradas enredadas por pareceres que os levaram a ter que pagar multas ao ministério público. A situação de descalabro é tão flagrante que até observatórios tiveram que ser criados. Não sei se para minimizar os efeitos dos xunxeiros ou para antecipar-se e prevenir os mandantes das garras do ministério público, o único que ainda consegue ser efetivo.
Ivan

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