31.10.08

A culpa dos partidos

Manifesto minha concordância com o conteúdo da post ‘Dura lex sed lex’. De fato os maiores culpados pelo grande número de processos na Justiça Eleitoral são os partidos políticos, pois se houvesse uma pré- seleção ética dos candidatos não teria havido sobrecarga de processos e o atraso no julgamento do caso Belinati. Mas há um problema. Se o PP, por exemplo, for seguir esta recomendação os seus principais líderes ficariam de fora a começar por Paulo Maluf. Belinati mártir? Absurdo. Se há heróis no caso são os ministros do TSE, e principalmente Carlos Ayres Britto, apesar da opinião em contrário do deputado Ricardo Barros. Uma pequena correção no texto do Edvaldo Magro. TSE significa Tribunal Superior Eleitoral e não Supremo Tribunal Eleitoral. Ao Supremo Tribunal Federal é que caberá a decisão final em recurso que certamente acontecerá, mas tenho sérias dúvidas sobre a possibilidade de êxito do ‘tio Bila’.

Helio Ribeiro II, bloguista

5 pitacos:

Anônimo,  10:29  

Num País onde a permissividade atinge níveis intoleráveis e até juízes são punidos por bem cumprirem seu papel, como no caso satiagraha, fica difícil se apontar o maior culpado. O tempo que se perde comentando ou tentando entender erros intencionais, desvio de funções e arbítrios, melhor proveito teria se a serviço de idealizações e aprimoramentos do sistema vigente estivesse. Como se culpar os partidos se o próprio poder legislativo está subalterno de um órgão técnico auxiliar e que age como se um outro poder superior a esse fosse? E seus agentes não sofrem punições alguma. Quanto se gasta em dinheiro e em desesperança ou frustrações sob o discurso da moralidade e da economicidade?
Precisamos aplicar os princípios que norteiam a administração pública, cabendo ao poder judiciário verificar se os observamos ou não. A impunidade precisa ser extinta pois o desencanto está generalizado. E não adianta o discurso de se punir nas urnas, pois os crápulas, zombeteiros, estão sempre sendo premiados, em cargos vitalícios ou não.
Ivan

Rudá Ricci 10:36  

O melhor seria adotarmos as candidaturas avulsas, sem necessidade de filiação partidária. Forçaria os partidos a ficarem mais atentos. É algo similar à estrutura sindical européia, onde uma comissão de fábrica não precisa estar filiada à uma central sindical. Assim, as centrais começaram a atuar fortemente na base, para não perderem o controle sobre a sua base.
Rudá

Anônimo,  12:34  

Sr. Hélio Ribeiro, já disse aqui algumas vezes que o partido só se incomodará com seus filiados e candidatos se lhe doer na pele...

Isso quer dizer que os dirigentes se mexerão quando, já que o cargo eletivo pertence ao partido e não ao eleito, for co-responsabilizado pelas mazelas que seus pupilos aprontarem na administração pública...

Se o PSDB tivesse que devolver dinheiro aos cofres de Maringá dos escândalos de Jairo Gianotto, e saísse de seus fundos partidários, daí sim acho que poderíamos começar a acreditar em agremiações partidárias, no caso do Tio Bila, o PFL é que seria o, digamos, de vedor solidário dos desfalques que aconteceu em Londrina...

Quanto a apelação, também acho que já era... juridicamente analisando, não tem como reverter a situação, dançou, sifu, já era...

Anônimo,  13:31  

o STF só poderá aceitar o recurso se a decisão do TSE feriu a Constituição, caso contrario necas. Vai ficar valendo a decisão do Grande Ayres Brito.

Anônimo,  13:50  

Ow zé... as vezes você me assusta... eu comento, aparece, daí some tudo... acho que você tá brabo comigo... magoa (hhehe)... daí aparece de novo... mas, faltando um tiquim... daí que fui entender...

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