Acúmulo de cargos teria motivado saída

Está explicada a saída do coordenador de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal de Maringá, João Celso Sordi, ocorrida no início de janeiro. A saída deu-se à francesa, e até agora a administração não anunciou oficialmente que Sordi deixou de ser um dos quatro super-secretários de Silvio II.
Mas basta recorrer à inspeção realizada pelo Tribunal de Contas na prefeitura, em agosto do ano passado. Um dos tópicos abordados foi o acúmulo ilegal dos cargos de servidor do Executivo com o de empregado contratado pelo Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR), ligado à Acim. De acordo com o relatório do TC, o fato de Sordi ser secretário municipal (CC1), cargo em comissão, e figurar como empregado do IDR, na função de consultor Sênior, com remuneração bruta de R$ 5.947,49, é uma condição imprópria e/ou irregular, afrontando os dispositivos constitucionais relativos à administração pública.
Além de ser servidor nomeado em cargo de confiança na administração e de trabalhar no IDR, Sordi, ex-gerente municipal na gestão Ricardo Barros, é diretor executivo do Codem, entidade para a qual o IDR prestou serviços de elaboração de um projeto de estudos para implantação do Tecnoparq (R$ 240 mil), que foi proposto, formatado, planejado e orçado pelo Codem e pago com recursos públicos. Ou seja, o ex-coordenador estava nas três pontas: o Codem, do qual é diretor executivo, propunha o projeto e a prefeitura, onde era secretário, contratava o IDR, do qual ele é funcionário.