Ligue os pontos

Um - Recentemente estive no Juizado Especial, na avenida Tamandaré, e houve uma queda de energia. O pessoal comentou que ali isso é normal. Fiquei sabendo também que o proprietário do imóvel pediu ele de volta, já que a região valorizou-se muito com o Novo Centro.
Dois - Fiquei sabendo hoje que o Edifício Joanna De Angelis, construído naquele espaço que era área permeável entre o prédio da agência dos Correios e a Junta do Trabalho, será inaugurado em breve. O prédio estava sem habite-se, pois a fiscalização da prefeitura apontou uma série de problemas. Problemas que foram expostos neste blog até se tornarem uma ação civil pública (tem mais aqui, aqui e aqui)
Três - Junte as duas informações acima: há quem advogue (gente graúda, claro) que o Juizado Especial alugue salas e se mude para o Joanna De Angelis, prédio construído pelo filho de um promotor, que incluiu um polêmico projeto aprovado em tempo recorde, que mobilizou até o prefeito, que mudou a lei de ocupação do solo para “regularizar” a irregularidade. A ação que corre na justiça responsabiliza o prefeito e os vereadores pelas irregularidades, que deram ao empreendimento benefícios negados ao resto da população.
Cá com meus botões: se o Juizado Especial mudar-se para um prédio que é objeto de ação na própria Justiça, seria o fim. Certamente haveria repercussão nacional e seria a desmoralização do nosso Judiciário. Tomara que não aconteça, pois há ainda crença em algumas instituições deste país.
(Atualizado)