Uma cidade à venda
Luiz trabalha de sol a sol para manter toda a sua família. Em determinada época do ano, separa o equivalente a um dia de trabalho para doar ao proprietário supremo da terra, o Divino Espírito Santo, pela graça de deixá-lo utilizar o solo para tirar dele seu sustento e seu descanso.
Não, não estamos em um feudo da Idade Média, mas sim na cidade de Claraval (MG), em pleno século 21. Por mais estranho que pareça, a grande maioria das terras da cidade pertence, de fato ao Divino Espírito Santo, por meio de uma doação feita em 1867.
Isso porque os imóveis de Claraval foram ocupados pelo sistema de enfiteuse, como se fosse uma espécie de arrendamento, criado ainda na Roma Antiga. Com isso, os moradores têm direito ao uso do solo, mas a propriedade é da igreja.
Agora, a Diocese de Guaxupé quer acabar com isso e passar a propriedade dos terrenos da cidade para as pessoas que moram no local. E o assunto está gerando polêmica.
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4 pitacos:
E a igreja Católica, que tanto prega o amor ao próximo agora vê a oportunidade de lucar no lombo dos humildes. Vergonha!!!
Se os bispos daquela diocese tivessem procurado ouvir o Espírito Santo, já teriam distribuído as terras a quem de direito.
Coloquei bispos porque no decorrer da história muitos bispos passaram por lá.
Realmente Rigon, nao é um feudo da idade media, agora se pagasse 50% da renda para os latifundiarios pode né?
A Igreja Católica possui imensas áreas de terras no Brasil inteiro e,interessante a turma do MST não invade nenhuma delas.Na rodovia Cuiabá-Santarem há imensa propriedade com criação de Nelore da melhor qualidade e outras e outras terras mais. A questão do bispado de Guaxupe (Sul de Mg),é sinal que os tempos estão mudando e a chamada Igreja, está modernizando-se e ficando mais humanista, o que, merece aplausos.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.