A força do dinheiro - 2
O levantamento mostra que 146 empresas investiram mais de R$ 1 milhão no financiamento a políticos. Os números separam ainda os grandes financiadores daqueles que assumem uma proporção gicantesca. Há um grupo de 10 empresas que distribuiu nada menos que R$ 137 milhões a candidatos. Esses investimentos dividem-se entre vários partidos, mas atendem a uma característica básica. Beneficiam políticos poderosos, seja no Congresso, governo federal ou estaduais.
O melhor exemplo é o da mineradora Caemi, ligada à Vale do Rio Doce. Com doações de R$ 22,5 milhões, a empresa assegurou o posto de maior financiadora de políticos na campanha de 2006. Na Câmara, investiu R$ 8,7 milhões e ajudou a eleger 46 deputados federais. Se fosse uma bancada, seria a quinta maior do Congresso, à frente de 17 partidos. Ajudou ainda 10 candidatos a governador e três presidenciáveis.
Na semana passada, técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) propuseram a rejeição das contas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as irregularidades, apontam uma doação da Caemi, de R$ 1,8 milhão. A empresa participa do controle da MRS Logística, que explora uma concessão de transporte ferroviário e a lei eleitoral proíbe doações de concessionários de serviço público. Se o plenário do tribunal aceitar o parecer técnico, abrirá uma crise institucional. Lula não poderia ser diplomado e tomar posse no segundo mandato. Geraldo Alckmin, segundo colocado, também estaria encrencado. Seu comitê financeiro recebeu R$ 3,2 milhões da Caemi. O efeito dominó derrubaria ainda vários governadores e quase 10% do Congresso.
Em segundo lugar na lista de doadores vem o grupo Gerdau. Por meio de suas empresas, o conglomerado de siderurgia depositou mais de R$ 17 milhões nas contas dos candidatos. Também é quase um partido. Ajudou a eleger 27 deputados federais. No Rio Grande do Sul, contribuiu com as campanhas de 10 dos 30 deputados eleitos. O empresário Jorge Gerdau Johanpeter, dono do grupo, dividiu com cuidado seus investimentos na eleição presidencial. Colocou R$ 3,1 milhões na campanha de Lula e R$ 3 milhões na de Alckmin. Foi o maior financiador de campanha do presidente e terceiro do tucano.
2 pitacos:
Uai sô, mas eu só vi falar na TV GLOBO, que a campanha do Lula, estava com as contas erradas, ou contestadas!!!
Poisé, daí vem a pergunta. SSSe der merda nas contas do Lula, entra quem? As contas do PSDB também estão fodidas e a "verba" vem das mesmas empresas que as do Lula. Será o terceiro? Daí é da Heloisa? Não me lembro...
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.