A força do dinheiro - 1
Matéria de Gustavo Krieger e Lúcio Vaz no Correio Braziliense:
A campanha de 2006 custou R$ 1,5 bilhão, segundo as prestações de contas entregues pelos partidos à Justiça Eleitoral. Levantamento feito pelo Correio mostra que um terço desse dinheiro saiu dos cofres de apenas 200 grandes doadores. A lista deles é um mapa de quem financia o poder no Brasil. São mineradoras, bancos, empreiteiras, laboratórios, empresas de bebidas e outros grupos com uma característica comum: a grande maioria tem contratos com o setor público ou interesses a defender junto ao governo e ao Congresso.
Para entender melhor o poder desses grandes doadores, é preciso lembrar que a conta de R$ 1,5 bilhão refere-se às despesas de quase 20 mil candidatos a todo tipo de cargo, em todo o Brasil. Entram nessa contabilidade os milhares de candidatos nanicos que juntaram alguns reais para fazer campanha. Já os R$ 500 milhões investidos pelos maiores doadores são distribuídos segundo critérios rígidos de investimentos. Os grandes financiadores não apostam em quem não tem chance. Parte deles está presente na contabilidade do presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva, de todos os governadores e senadores eleitos e de pelo menos 90% dos 513 deputados federais.
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