A saúde de Maringá (2)

O respeito que Nardi e o homem temente a Deus Silvio Barros, têm pelos doentes maringaenses pode ser constatado mais detalhadamente no posto de saúde do Parigot de Souza. Quando foi eleito em 2004, Silvio Barros prometeu a um cabo eleitoral da região que lhe daria um emprego. O infeliz morreu. Como a promessa tinha sido feita (e um homem temente a Deus mantém sua palavra), Silvio Barros, deu o emprego à mulher do cabo eleitoral morto.
A mulher entendia de saúde tanto quanto um sapo entende de voar. Desde então o posto é um foco de brigas e problemas. Da equipe inicial, apenas dois heróicos médicos continuam a postos. Os outros foram deixando o posto por causa da incompetência administrativa. Os servidores, como têm que rezar pela cartilha da chefe, sofrem as consequências.
A equipe que atende os doentes nas casas (Saúde da Família), na maior parte dos dias não pode fazer as visitas, mesmo já marcadas, porque o veículo que deveria ser exclusivo da equipe é usado pela gerente para desfilar pela cidade. E ninguém consegue falar com a mulher. Quando consegue, ela passa para a enfermeira chefe, já que não sabe sequer o que é uma gaze.
A falta de gestão é tão vergonhosa que dias desses um médico pediu que um paciente passasse pelo neurologista. O neurologista o encaminhou ao geriatra. Quando ele foi apanhar a consulta, a moça responsável entregou dois agendamentos. Um para o geriatra e outro para o mesmo neurologista. Diante da insistência do paciente de que já havia feito a consulta com o neurologista e ele o encaminhou ao geriatra, a moça deu a resposta mais absurda: “Por que não aproveita e faz outra?”