9.12.09

Londrina 1, Maringá 0

O ministro Edson Santos, da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, estará amanhã em Londrina. Ele vai acompanhar, ao lado do presidente do Conselho de Promoção da Igualdade Racial, José Mendes de Sousa, a sanção da lei que transforma em feriado municipal o dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem a Zumbi dos Palmares.
O prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), vai assinar a lei às 10h30, no Calçadão. O ato, diz convite, "se configura como marco histórico para Londrina, cidade que se sobressai como vanguarda, sempre, na adoção de políticas públicas universais que atendam às necessidades de todos os cidadãos e cidadãs e tratem desigualmente os desiguais”. Em Maringá, a maioria dos vereadores e o próprio assessor da Igualdade protagonizaram um episódio feio: o feriado havia sido aprovado e a Acim mandou a Turma do Amém (aí incluído o prefeito Silvio Barros II) voltar atrás.

12 pitacos:

J. Patrocínio,  15:34  

Que o empresariado maringaense mais influente seja racista, não chega a ser uma surpresa. Todo mundo pode constatar quando dá uma olhada nos estabelecimentos comerciais e percebe que as lojas de Maringá não dão emprego a trabalhador negro. Mas, o prefeito, e os vereadores, deveria levar em consideração que os negros também são eleitores e nas futuras eleições podem manifestar seu repúdio aos políticos que se submetem a esses empresários racistas.

L. Mahin,  15:59  

Não dá para ter a certeza de que os vereadores de Londrina sejam muito melhores do que seus colegas maringaenses, afinal a Câmara de Maringá chegou a votar favoravelmente por duas vezes à Lei que criava o feriado da Igualdade Racial. O fato determinante para o município de Londrina estar mais aberto à promoção da cidadania é, sem dúvida, a postura de seu prefeito que não é racista como o de Maringá.

Anônimo,  16:13  

No episódio em que os vereadores maringaenses protagonizaram o triste ato de voltar atrás na aprovação do feriado de 20 de Novembro, ficou feio para o premiado Observatório Social que viu a corrupção correr solta e nem ao menos se pronunciou. Ou será que não foram suficientes as evidências de que a pressão de Sílvio Barros II sobre Wellington Andrade, Bravin, Zebrão e os outros envolvia repasse de dinheiro público para os seus bolsos?

Jairo de Carvalho,  18:34  

O vereador Tito Valle, autor do projeto de lei que cria o feriado em homenagem a Zumbi dos Palmares, merece os parabéns por essa importante conquista. Também merecem os parabéns da comunidade negra, e de todos os brasileiros, os vereadores que votaram pela aprovação da lei e o prefeito Barbosa Neto por tê-la sancionado.

Anônimo,  18:39  

Ô Rigon!

O que foi mesmo que o Zebrão ganhou para votar em favor do veto do prefeito à lei de que era um dos autores, junto com o Bravin e o Humberto Henrique (único a honrar os dois votos anteriores)?

Jairo de Carvalho,  19:07  

É bom não se esquecer que além do vereador Humberto Henrique (PT), os vereadores Mário Verri (PT), Manoel Sobrinho (PCdoB) e Marly Martin (DEM) mantiveram a decência de se colocarem a favor do projeto de lei nas três votações.

Anônimo,  20:08  

Fizeram muito bem os que foram contra o feriado,pois criar um feriado para uma determinada raça é que racismo,e não o contrario.Chega de descriminaçao seja ela com o argumento que for.

Anônimo,  20:30  

Anônimo das 20:08!

Você deve estar lembrado que o motivo para a Turma do Amém manter o veto do prefeito não foi porque essa turma era contra a dignidade dos negros. Todos eles votaram pela aprovação da lei em duas sessões e a cidade inteira estava achando que ewssa legislatura, diferentemente da anterior, era feita por gente decente. Aí, nas vésperas da sessão que ia apreciar o veto do prefeito (esse sim é sabidamente racista) é que foram oferecidos cargos aos vereadores como pagamento pela traição que eles deveriam cometer. O resultado disso tudo você conhece.

Jairo de Carvalho,  20:48  

Pois é, Anônimo das 20:08...

O Brasil é um país que discrimina uma parte significativa da sua população. Os negros têm sido as vítimas desde o martírio da escravidão. Os índices das estatísticas do IBGE demonstram que os descendentes de africanos não têm o mesmo nível de qualidade de vida que a parte branca da nação brasileira. Um (único) feriado em homenagem à essa parte da população que tanto tem contribuído com o nosso país seria uma forma de reconhecimento à sua luta pela igualdade. As autoridades de Londrina e de mais outros setecentos municípios brasileiros compreenderam isso.

J. Patrocínio,  20:54  

É bom lembrar ao Anônimo das 20:08 que a proposta apresentada por Humberto Henrique, Bravin e Zebrão (que roeram a corda, infelizmente) era de um feriado no dia da Igualdade Racial, isto é, feriado contra a discriminação a qualquer raça.

Anônimo,  12:20  

Jairo
Sou favoravel que os decendentes Africanos tenham seu dia,e preservem os costumes e tradições de seus ancestrais,assim como vemos aqui em Maringá onde tem clubes de diversos povos onde se mantem as coisas de seus lugares de origem,como o clube Japones,Portugues,ctg Gaúcho etc.O que eu não concordo é que se crie um feriado para uma determinada raça,primeiro acho que isso sim é descriminação e se tiver que criar feriados por erros passados deveriamos começar pelos Indios,que foram os que mais perderam nos 500 anos de historia conhecida do Brasil.Outro fator porque sou contra,voce certamente não está nesse barco,mas tem uma grande maioria dos empregadores desta cidade,que já tem dificuldade de pagar impostos e salários em dia,e isso seria mais um onus para eles,então sou contra esse e qualquer outro feriado extra.
Do anonimo das 20;80

Anônimo,  19:09  

Anonimo das 20;30
Para ter dignidade tem que ter um feriado?
Conheço muitos negros "aliás não são muitos pois o que predomina são de pele escura mas com mascigenação de outros povos"e vejo que eles tem dignidade como qualquer um,apesar de não ter feriado.Vamos dexar de bobagens,e lutar por igualdade,e não por previlegios.

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