Falta qualidade de vida no Madri

No próximo dia 19 vai fazer um ano que Cohapar e prefeitura de Maringá entregaram as 71 casas do Conjunto Madri, construídas com dinheiro da Caixa. À época, a prefeitura anunciou que as casas, entre 37 m2 e 63 m2, estavam situadas em "local com infraestrutura já implantada". Balela. Um ano depois, tem moradores - principalmente pessoas de idade - com sintomas até de depressão: adianta estar numa casa própria num local sem infraestrutura, em que as paredes têm infiltração e esfarelam e a água entra dentro a cada chuva? Muitos já venderam os direitos ou alugaram as casas.
Sem asfalto e sem galerias de águas pluviais, voçorocas vão se formando na frente das casas. Quem conseguiu ajuda da igreja ou juntou um dinheiro acabou construindo muros de arrimo, para evitar que o prejuízo aumente. No conjunto também há erros de projeto; as unidades geminadas, por exemplo, só permitem o acesso ao quintal passando-se por dentro da casa. Quando chove, os quintais que têm muros viram piscinas e até cobras aparecem. Não há por onde a água escoar, e a vida que era para ser tranquila vira um inferno (confira nas fotos as marcas das águas nas paredes e muros).