Que Maria de Jesus seja uma norma
O Rigon postou no dia 10 uma postagem intitulada Exemplo de Vida, indicando a reportagem que o programa do Faustão mostrou no domingo sobre Maria de Jesus, a bóia-fria que, com certa idade e numa situação adversa, concluiu o curso Normal Superior, tornou-se professora das séries iniciais e hoje cursa Pedagogia na UEM. Fico preocupada com o sensacionalismo que a mídia faz sobre esses casos singulares, dando a impressão de que o sucesso depende somente do esforço de cada um.
Falta nesse país uma política econômica e educacional que dê real sustentação à possibilidade de que mais pessoas, como Maria de Jesus, possam frequentar universidades públicas, o que resolveria não somente o seu caso, mas de todos que são segregados. Quando um programa ou um blog ressalta um exemplo de vida, tira o foco do que é prioritário: a questão social.
Com certeza, Maria de Jesus é uma vitoriosa, mas é necessário garantir que sua trajetória não seja apenas “um” exemplo de vida, mas sim, uma norma para todos.
Ivana Veraldo
10 pitacos:
eu concordo piamente com isso.
com todas as palvras...
Concordo perfeitamente com a Ivana...acho muito nocivo a sociedade essa supervalorização de boas condutas e esse sensacionalismo...alias acho tão nocivo quanto a banalização das mas condutas e dos desvios de carater...
Sem querer desmerecer o seu comentário, é comum ficarmos jogando sempre a responsabilidade no estado sobre a educação no país. Que não está lá aquelas coisas, é verdade. Mas quantas pessoas tem a oportunidade do estudo que por má vontade, interesse e disposição não vão a luta? Pessoas como Maria de Jesus tem sim que ser reconhecida pelo esforço na busca do conhecimento e informações como esta são importantes para que outras pessoas vejam o seu exemplo. Mesmo com a situação caótica no ensino público ela foi a luta superando todas as adversidades.
Que Maria de Jesus seja norma, eu até acredito. Mas que a Norma Defune seja uma Maria de Jesus, eu duvido muito.
Foi exatamente o que coloquei em um post sobre profissionais liberais.
A sociedade representada - médicos,advogados,empresários - tentam impor que só não é feliz quem não quer.Enfiam um exemplo raríssimo e querem que todo mundo passe pelos mesmos demônios que os dos exemplos.
E não é assim.Só configura a exploração que somos submetidos,e a visão de que pobre é vagabundo mesmo,e que só é pobre porque quer.
O exemplo da Maria de Jesus é lindo.Como seria bom que as pessoas passassem a tomar as atitudes de pessoas como ela.
Mas nem todo mundo tem a mesma estabilidade emocional,a mesma força de espírito que a Maria de Jesus.
Fica o exemplo,mas que as coisas sejam mais simples pra todo mundo,pois só assim conseguiremos chegar ao ápice da paz e da fraternidade.
Grande Ivana! Acertou na veia, foi na jugular, mas, vamos lá... quais as iniciativas disponibilizadas para que isso aconteça atualmente. Claro que você deve ser uma pessoa engajada politicamente, pois o seu raciocínio está correto, mas que iniciativa você tem para desenvolver políticas nesse sentido? Poderíamos ajudar, se soubéssemos.
Parece ser um texto maldoso, mas não é, juro.
Gostei muito.
Um país não se forma por causa do governo.
Quem faz o país ser desenvolvido ou subdesenvolvido é o seu povo e não esse ou aquele político salvador. Países da Europa, América do Norte, Oceania, e alguns da Ásia se tornaram prósperos por causa do seus povos.
Mas no Brasil tem-se uma ilusão que sempre um político vai salvar a pátria e o povo não cai na real que quem pode fazer um país de primeiro mundo somos nós mesmos.
E para isso basta ter Religião de verdade, valorizar a família, estudar de verdade, trabalhar muito e principalmente levar as leis do país a sério. (talvez já dá pra ver o porque o povo brasileiro não se desenvolve e o povo europeu de desenvolveu)
Quando o povo age dessa forma, seus representantes também vão agir, porque um reflete o outro.
Então conclui-se que aqui nosso líderes são simplesmente reflexo se nós mesmos. Quando nós nos tornarmos melhor eles também se tornarão...
Chega de ilusão minha gente!!
Concordo plenamente com a opinião apresentada, pois em um país onde seu povo é explorado, é raro isso acontcer, ma é um mérito todo dela sem nenhuma cooparticipação do estado, mas vale lembrar também que a conquista não foi muito grande já que o salário dela é de R$ 350,00. Não é possível viver dignamente com um salário de fome desse. Que vitória essa? Talvez no corte de cana ela ganhasse mais, apesar do trabalho duro.
Querida Ivana, mais uma vez você foi perfeita em sua análise.Parabéns!
Assustei no início achei que era a norminha da novela kkk.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.