Michael Jackson

Pelo menos três passagens marcantes pra mim em relação a Michael Jackson, que morreu hoje em Los Angeles: 1) O dia em que me chegou às mãos, ainda no prédio velho do jornal na avenida Tuiuti, o disco Thriller. Lembro de ter mostrado para a Rose, dos classificados, então namorada do Profeta. A primeira impressão foi o capricho da capa e a contracapa. Quando ouvi o disco, então... bárbaro. 2) Uma tarde, numa Expoingá, sentado na arquibancada, esperando o show e o pessoal testando o som e a iluminação. Meu filho, ainda pequeno, larga a mim e à namorada e desce ao picadeiro ao ouvir a música de Michael Jackson. A imitação da dança chama a atenção do rapaz que testava o canhão, que joga a luz sobre o Gabriel, e todos que estavam na arena começam a apontar e admirar o garotinho. 3) A noite de domingo que estava sozinho com meu pai, na Vilabel, assistindo ao Fantástico e me aparece o clipe de Billie Jean, seus pés acendendo placas no chão. Babei, e pra minha surpresa meu pai assistiu todo o clipe sem reclamar. Foi o evento que mudou o mundo da música na televisão. Quem passou pelos anos 80 e não foi minimamente influenciado por MJ - pela música, pelo gel molhado, pela dança - não viveu aquela década.