Debate sobre diploma
Hoje à noite participo de um debate no Cesumar sobre o fim da obrigatoriedade do diploma, o que sempre defendi; o debate é organizado pelo 4º ano de jornalismo. A propósito, observo que, se de um lado temos estudantes confundindo diploma com emprego garantido, de outro há defensores muito radicais do canudo.
Rogério Fischer, por exemplo, escreveu em seu blog que "quem não passa por um ambiente universitário de verdade não poderia nem vender espetinho na esquina". Ele foi editor em O Diário, jornal que é o que é hoje porque foi construído por gente sem diploma de jornalista, a começar do dono, e ele próprio teve como dois de seus melhores repórteres naquele matutino pessoas sem formação acadêmica, que, felizmente, por serem mais competentes do que muitos que têm pencas de canudos, não vendiam espetinho na esquina.
PS - O Fischer fala a respeito nos comentários.
18 pitacos:
O texto do cara é lamentável. Narra histórias de farras e consumo exagerado de álcool entre acadêmicos de jornalismo e depois destaca esta frase idiota. Que comparação mais imbecil para atacar os não diplomados. Lamentável, lamentável...O que esperar de uma pessoa como essa?
Conheço o Fischer há muitos anos, sei do seu valor como jornalista, mas confesso que fiquei decepcionado com o teor preconceituoso onde discrimina trabalhadores que merecem todo o nosso respeito. Esse ambiente descrito por ele não é exclusivo de universitários, beber e jogar conversa fora se faz em qualquer ambiente, aliás, a universidade deveria ser um lugar para enriquecer a cultura. Só tenho uma pergunta a fazer: será que seus parceiros de redação em Londrina, Apolo Theodoro, Walmor Macarini, Délio Cesar e outros que não têm diploma "não servem nem para vender espetinhos?" como ele afirma no seu blog?
Rigon, meu camarada, não faça isso com estudantes que ainda não têm malícia para entender maldades como essa que você fez, ao pinçar uma frase e colocá-la absolutamente fora de contexto. Você é macaco velho, sabe que foi uma tentativa (mal-sucedida, reconheço) engraçada de concluir uma crônica despretenciosa sobre os loucos tempos de faculdade. Tratou-se de uma licença poética que gente como você não quer ou não consegue entender. Não surpreende, depois que você e seus comentaristas anônimos entenderam como literal a proposta de Paulo Briguet de anexar Londrina a Maringá. Sua intenção, com esse post, foi escudar-se na minha frase para se precaver de um eventual ambiente hostil que você encontrará hoje à noite no Cesumar. Se está com medo, não vá. Aliás, nem sei o que você vai fazer lá, depois de noticiar o debate em post anterior e, no final, pedir que gente como você não fosse ao debate porque poderia não ser bem tratado. Imagine, o pessoal tem sede de informação, não de sangue. É gente bem-comportada, que só quer entender algumas coisas. Agindo dessa maneira patética, meu caro, você não está contribuindo com nada. Esse comportamento apenas reforça em mim a convicção da necessidade de um curso superior para a formação em Jornalismo. Vivenciar quatro anos de um ambiente universitário - farras etílicas incluídas - tem, entre muitas outras virtudes, a de deixar o tapa um pouco mais afrouxado.
Se existe algo que as pessoas jamais vão perguntar para um jornalista é "você é formado?". Sempre imaginei, antes de surgir essa discussão, que todo e qualquer jornalista tinha um diploma. Até mesmo os que aparecem apresentando programas televisivos.
A maldade não foi do Rigon. A maldade está inserida no texto do autor, de forma clara e objetiva. O próprio autor reconhece a cagada que fez. Realmente, lamentável!
EEEEEEEEEEeeeeeeeeeeeeeeeee Rigon, isso que é apologia ao não ir para a escola!
Tudo bem, quem não quer ter diploma de jornalista é uma opção! Mas, por favor tenham alguma formação superior, nem que seja em curso por correspondência ou à distância. Mas estudem. Isso não faz mal a ninguém, muito pelo contrário!!!!
Fischer, na boa: você diz que jornalista sem diploma não serve para vender espetinhos e o maldoso sou eu? Que contribuição é essa para o debate?
Marisa Monte já disse:
O que é mais inteligente: o livro ou sabedoria?
Quem disse a frase?:
Quanto mais sei, menos sei!
Desde quando embebedar-se até chegar ao coma é currículo universitário?
Bons jornalistas se formam na farra, na baderna, som alto e consumo de álcool em excesso? Depois de formado, se não conseguir emprego, pelo menos pode vender espetinho na rua? É isso?
Curioso, é que o cara conhece grande exemplos de jornalistas não formados, mas joga todos na vala comum, no lixo. É muita falta de respeito com os colegas que construiram e ergueram os jornais por onde ele passou e ainda vai passar.
Em outro texto, ele destaca que... "Uma cobertura jornalística mal feita causa tanto prejuízo quanto um edifício mal planejado ou uma lipo mal conduzida. Mata tanto quanto, aliás – no sentido literal e no figurado. Afinal, quem sofreu mais: a vítima de um choque anafilático, os moradores do Palace 2 ou os donos da Escola Base? O que é pior: uma sequela cirúrgica, um prejú gigantesco ou uma honra trucidada?"
Pena que esqueceu de um detalhe: todos os erros cometidos foram praticados por gente formada, com diploma. Não cita, no entanto, um exemplo sequer de texto elaborado por não diplomado que deu problema tão sério como a Escola Base.
Angelo, entre vc e esse cara (diplomado), sou um milhão de vezes mais vc. Vc já fez denúncias e reportagens que esse cara, e milhares iguais a ele, jamais teria coragem de se meter. Diploma não encurta orelha de ninguém.
Rigon, o Fischer - que conheço bem e o respeito como profissional - utilizou essa frase em um contexto maior. Pegou pesado, sim, mas acredito que não ter diploma, como é o seu caso, não ajuda no debate. Não o estou desqualificando profissionalmente, até porque não o conheço pessoalmente. Conheço vários profissionais que trabalharam comigo na Folha de Londrina e que não tem o diploma de jornalista e foram excepcionais profissionais. No entanto, temos que incentivar as pessoas a continuar estudando, sim. Isso não é pecado, não é um crime. E fazer uma faculdade, ajuda muito no crescimento profissional da pessoa. A começar pelo ambiente acadêmico. Tem as festas, tem, como tem fora desse ambiente também. Mas tem o debate acadêmico, democrático com outros cursos, com outras formações acadêmicas. Isso ajuda no crescimento interior das pessoas e ajuda na compreensão maior da sociedade. Infelizmente há aqueles que preferem ficar no seu 'mundinho' e não participar desses debates. Outros, que acham que sabem tudo e não precisam acrescentar nada mais ao seu 'conhecimento', pois são os donos da verdade. Com isso, é importante fazer um curso superior, sim. E fazer uma pós-graduação posteriormente. E eu defendo o diploma de jornalismo. Sou formado em Comunicação Social pela UEL e digo que tive excelentes professores que me ajudaram a crescer, não só profissionalmente, mas como pessoa.
Sanches, incentivar a estudar é uma coisa, mas ficar atacando os não formados, que tal como os formados matam um leão por dia, é totalmente desrespeitoso. Um jornalista que faz isso não merece respeito.
Olha, sinceridade. quem defende diploma não defende a liberdade de imprensa. Não podemos ter liberdade se há restrições. Escrever não faz mal a ninguém. Gostaria de estar presente nesse debate. Mas esse debate já começa viciado. Estudantes de jornalismo são,em sua grande maioria, um bando de alienado. São crianças brincando de escrever. Agora Fischer, por favor, defenda a campanha a favor do diploma de vendedor de espetos.
Acho uma perda de tempo essas discussões e digo o por quê:
1º - Existem bons jornalistas com diploma e também sem diploma;
2º - Ninguém faz apologia da burrice, estudar é primordial em qualquer campo;
3º - Diploma não garante emprego para ninguém;
4º - A exigência do diploma já caiu (tem alguma forma de voltar? Não sei, só alguém ligado às leis para responder com conhecimento).
Então, não seria hora de discutir as relações de trabalho daqui para a frente ao invés de ficar batendo sempre na mesma tecla?
Essa "guerra" entre diplomados que defendem o diploma (tem alguns que são contra)e não diplomados (alguns com mais competência que os que são diplomados) só faz desunir ainda mais a classe. Os jornalistas deveriam unir forças e não ficar aí nessa discussão tola que não leva a nada.
Ao Anônimo das 13h37: realmente não adianta ficar atacando os não formados. Concordo com você sobre esse ponto. No entanto, não adianta ficar atacando os formados também, como há muitos fazendo. A postura de muitos que defendem o fim do diploma de Jornalismo é que qualquer pessoa sem formação possa ser jornalista. Eu defendo que essas pessoas deveriam buscar uma formação universitária também, que não seja em Jornalismo, mas em outra área de interesse do jornalismo de forma geral, como Ciências Sociais, História, Ciências Polícias ou áreas mais específicas como o Direito e Economia. Para estudar não existe idade, apenas vontade. Eu, hoje, estou com uma especialização e pretendo começar um novo curso universitário em área que nada tem a ver com o jornalismo. E não pretendo parar por aí. Da mesma forma, acho que quem não é diplomado em Jornalismo e nem em outro curso, mas tem condições de fazê-lo, que o faça, pois isso engrandece as pessoas. Agora, ficar se vangloriando que não tem diploma e incentivando outros que não o possuam a exercer o jornalismo simplesmente pelo fato da decisão do STF derrubar a obrigatoriedade do diploma e ficar batendo nessa tecla, ao invés de buscar uma qualificação melhor não dá para aceitar.
Rigon, tem um monte de gente burra no Supremo Tribunal Federal??????
Inteligente mesmo é o Fischer????
Será??????
E o que é pior, preconceituoso e metido a intelectual.
Será que ele já aprendeu a preparar um espetinho?????
Um sujeito minimamente inteligente sabe que nós precisamos e devemos respeitar as pessoas, principalmente suas individualidades.
Socorro, Wilson......
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.