Há como planejar os políticos?

Maringá vive os últimos instantes da outrora famosa assertiva de que é uma cidade planejada. De planejamento, hoje, há pouca coisa. Deveriam, mesmo, era planejar os políticos para que Maringá pudesse manter sua qualidade de vida por mais tempo - o que, infelizmente, parece ter prazo de validade.
Veja o caso do Contorno Norte: saiu do papel 14 anos depois que o projeto ficou pronto (a obra chegou a ser lançada, na gestão Said Ferreira, em 93/94, e papéis foram assinados, com a presença do então governador Mário Pereira). Um conhecido político local, que também atendia pela alcunha de Empata-obras, foi responsável pelo grande atraso no início efetivo do Contorno Norte. É o mesmo caso da implantação do sistema binário em algumas avenidas da cidade: o projeto, pronto havia mais de 12 anos, quase mofava nas gavetas.
Nos dois casos quem vai pagar o pato são os maringaenses: o Contorno Norte está defasado, pois vai passar dentro da cidade, provocando os mesmos incômodos que hoje se vê na Colombo, e o sistema binário, quando implantado, não vai mais resolver os problemas de tráfego, pois chega com bastante atrasado e não será o apanágio para todos os males que muita gente espera.