25.3.09

Reflexões sobre uma oportunidade perdida

Trecho de artigo (imperdível) do padre Genivaldo Ubinge, assessor eclesiástico na Arquidiocese de Maringá para as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s), a respeito da manutenção do veto ao feriado da igualdade racial:

Um feriado resolve ou o festival é melhor? Comecemos pela mais simples. Não, um feriado não resolve. Mas já ajuda muito. Ajuda mais do que um festival. Seria como um ponto de chegada de longa luta dos movimentos negros em torno do resgate de sua história e consciência e, ao mesmo tempo, um ponto de partida para novas conquistas.
A outra questão também não é difícil, basta bom senso para perceber a diferença de tratamento das etnias européias e asiáticas vindas para cá e as africanas, trazidas para cá e as indígenas destruídas dá chegada do branco. E essa falta de bom senso para perceber essa diferença que me faz pensar em preconceitos e racismo na negação do feriado. Na íntegra.

19 pitacos:

Anônimo,  20:45  

Padre Genivaldo realmente colocou o problema com maestria.Concordo que é mesmo necessário educar politicamente nosso povo a fim de que quando eleitos vejam o povo sofrido.

Anônimo,  20:59  

Uma opinião sensata. Nem tanto a Deus, nem a César, mas tudo à justiça.

Elvio Rocha

Anônimo,  21:37  

Caro, acredito que o Padre falou o que tinha EU tinha vontade de dizer. Não sou negro.

Mas vejo com tristezas quando individuos que se julgam intelectuais impedem que aqueles que no passado sofreram para construir este pais tiram o direito de pelo menos comemorar com um dia.

Alguns dizem que este dia faz falta, é a falta é de bom senso dos governantes.

Anônimo,  21:41  

Rigon, mais um blog no ar, achei a missão dele muito interessante
http://cloacanews.blogspot.com/
Missão: Desmascarar a máfia midiática que infesta nosso país. Dar nome aos ratos e aos sabujos

Anônimo,  21:43  

Porque tem tantas homenagens a japoneses em maringá;e os negros nao podem ter um dia em sua homenagem?

Anônimo,  22:29  

Parabéns Padre Genivaldo.suas palavras sábias traduz com eloquencia a nossa opinião de católicos consientes...

Anônimo,  23:12  

Eu não entendo, Rigon, a posição de alguns religiosos desta cidade. Falam em nome da "classe trabalhadora popular",mas não passam de uns burgueses enrustidos. Esse padre Genivaldo não chegou agorinha na nossa região? O que ele tem a dizer pra nós? Mal e mal ele conhece nossa realidade...

Anônimo,  08:17  

o padre deveria ir rezar missa e cuidar das suas ovelhas. então tem que ter dia do branco, do judeu, do pobre, ahhhhh, o povo quer saber de feriado pra matar serviço, só isso.

Anônimo,  09:03  

Vcs já assistiram o filma "A missão"

Anônimo,  09:20  

O padre ao invés de ficar olhando para o passado, deveria olhar para o futuro.
O futuro dos cidadãos está na oportunidade de disputar em igualdade o mercado de trabalho.

Anônimo,  12:16  

Ao anônimo das 23:12: não fale do que você não sabe. O Padre Genivaldo foi ordenado padre há pouco tempo. Mas sempre morou em Maringà e inclusive fez parte dos seus estudos aqui mesmo. Talvez ele conheça nossa realidade melhor do que você.

Anônimo,  13:05  

Ô, cACIM ferro, pára vai!!!!!

Anônimo,  13:17  

O Anônimo das 23:12 é que não sabe o que fala... a família do pe. Genivaldo é de Maringá, ele sempre morou na região... e sua vida, qdo leigo, seminarista e agora padre sempre esteve ligada aos movimentos populares de Mgá e região... ele fala com conhecimento de causa... melhor se informar antes de imputar sua irresponsabilidade e desconhecimento a outrém.

Anônimo,  13:50  

Cássia Ferro,

O Padre Genivaldo sabe que o futuro não está desvinculado do passado. Este, será o resultado das ações desenvolvidas no dia-a-dia. É por isso que as nossas ações do presente precisam ter como objetivo a construção de uma sociedade mais justa.
Desde já devemos todos nos dedicar à tarefa de remover o racismo das ações cotidianas para que esteja próximo o futuro em que negros e brancos tenham as mesmas chances no mercado de trabalho. Atualmente, você e todos nós sabemos, os negros são a maioria entre os desempregados e quando têm emprego recebem salários menores que seus colegas brancos. Você já ouviu falar de alguma ação da Associação Comercial e Industrial de Maringá para eliminar essas discriminações que seus associados praticam às vezes sem nem mesmo perceber que são atos discriminação racial? Qual é a ação mais sintonizada com uma conduta cristã ou humanista e ética: políticas que eliminem essas práticas discriminatórias ou o “convencimento” dos onze vereadores para não permitir a homenagem à luta das vítimas dessa discriminação? Qual foi a escolha da diretoria da Acim?
Com boa vontade, não é difícil ver que o Padre Genivaldo tem toda razão.

Anônimo,  14:00  

Brilhante o artigo do Pe.Genivaldo. Com certeza expressou o pensamento de muitas pessoas.

Anônimo,  22:18  

Bem, já dizia meu avô, naum confunda alhos com bugalhos, será que é um problema de racismo do Prefeito, será que é um problema de segregação, será que é um problema de falta de oportunidade, será que é um problema cultural? será, será.
O fato: um feriado vai resolver? não
um feriado vai igualar a justiça etnica?não.
um feriado vai mostrar a verdadeira cara da adm pública de Mgá?não
um feriado vai mostrar quem está brigando pela raça ou por espaço na mídia?não
Quem quer algo vai à luta e não fica discutindo sexo dos anjos ou pseudos culpados pela segregação, pela falta de oportunidades e por aí vai.
Fica parecendo falta de pretexto pra começar aquela velha briga que foi sepultada a anos atrás, mas que algum oportunista ateou fogo só pra ver o pau queimar, e depois se apropriar do que sobrar, coisa de quem vive de sobra e não de quem luta pela vitória e usufrui do ônus.
Discurso de púlpito não vence guerra, luta é que vence.

Anônimo,  00:28  

Uns padrequinhos como esse Genivaldo só sabem colocar fogo na foqueira. Na hora ho pega, uns deles se mandam e deixam a bomba nas mãos dos pobres trabalhadores.O que um padre do município de Paiçandu tem que meter o bedelho nas coisas do município de Maringá?

Anônimo,  02:19  

Ângelo
De início muito obrigado pelo espaço, sei que ele significa. Sei de sua credibilidade. Quando vi meu texto, que não tinha grandes pretensões, mas apenas partilha em conhecidos, em seu blog espantei-me, não achava que merecia tanta consideração. Afinal é apenas as impressões dum padrequinho, ainda pior, recém ordenado, e o pior ainda da pereférica Paiçandu metendo-se em assuntos da metrópolis. Pode parecer oportunismo. Compreendo. Ninguém me conhece. Até pensei em me apresentar um pouco, dizer que sou maringaense, filho de trabalahdores do campo expulsos para a cidade, estudante de Maringá, dos 13 aos 21 anos comerciário, irmãos de pedreiros, carpiteiros, padeiros... que sentiu-se desejo de ser padre, mas manter-se ligado às suas origens... que esclarecia em que sentido me sinto falando da classe trabalhadora popular: pela origem e por opção solidária! E assim tranquilizar os legítimos representantes dos trabalhadores porpulares, que não os abandona nos momentos cruciais, como os dois últimos anônimos acima e outros anteriores que ficaram apreensivos. Mas algumas pessoas fizeram isso por mim, vejo que me conhecem, confiam em mim, sentiram-se representados em meu texto. Assim pensei não ser mais necessário. É ousadia, porém, da minha parte meter-me em assuntos da Metrópole. É natural que as pessoas não saibam quem eu sou: afinal não estou nas universidades, nos espaços acadêmicos, nem tenho programa nas rádios (para se ter uma idéia, Paiçandu nem tem uma emissora de rádio comunitária, demorou anos, pois dependia da influência de deputados da região, para sair nossa concessão! Por que será?), se penso e o que penso não interessa. Devo me contentar com o pulpito. Mas você considerou meu texto, então acho que merece saber um pouco mais a meu respeito, até mesmo para julgar melhor minha opinião.
Agora queria fazer uma correção quanto ao título do texto. Um outro padrequinho, também da periférica Mandaguari, o Ivaldir, da pastoral afrobrasileira, disse que não se sente derrotado, pois permaneceu fiel à sua consciência. Aceito sua reflexão e mudo meu título: "de lições duma derrota" para "reflexões sobre uma oportunidade perdida". No mais mantenho minhas opiniões a respeito desse episódio, agradeço você por valoriza-las e as pessoas que fizeram suas apreciações.
Genivaldo.

Anônimo,  17:36  

Não sei se o padre precisa de tantas justificativas, pô! Ele não acredita no que faz e fala? Pra que querer justificar suas convicções? Quem acredita em algumas em valores como ele, pra que querer justificar aqui, pra gente que é anônima - como eu!? -, que não declina o nome? Seu padre Genivaldo, "enquanto a carruagem passa, os câes ladram"... Caminhe com sua carruagem e não gaste tempo pra justificar-se pra quem o senhor nem sabe que é...

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