Dois amigos que se foram

Duas pessoas, boníssimas, se foram. Ambos, pioneiros e com destaque em suas áreas: Orlando Dias, o “Orlandinho”, homem encorpado mas com alma de menino, foi se juntar ao Bento e ao seu Silvino e a dona Helena. Homem do futuro, seu Orlando, projetava e executava espaços habitacionais, fazendo cidades crescerem e aumentando a qualidade de vida de muita gente. A semana passada, parei para observar e fotografar o belo loteamento em Paranavaí, com asfalto excecutado e outros sendo implantados. Observei as mansões surgindo e antevi as construções da futura Universidade Tecnológica que vai surgir no local; o outro amigo, o Rosalino, era um simples por natureza, amigo, cordato e prestativo. Vivia de bem com a vida e quando havia a “Vila Marumbi”, lá era a sua morada, cantando e encantando a “putas e os putos” do local. Era um eterno boêmio - não desses de” beber até cair”, mas era um “bom vivant” das madrugadas e nos ultimos 10 anos, “sua residência” era ali no quadrilátero da Getúlio Vargas e Herval, onde recebia “trocados” de amigos para “um cafezinho” e todos sabiámos que era para outra coisa - que lhe fazia bem e o deixava feliz. Ultimamente, depois de perder a bela e encantadora voz, vivia recluso e a gente quase não o via mais. Perdemos dois bons amigos, cada um dentro do seu estilo de vida, cada um deixando-nos suas particularidades ímpares, as suas saudades. Ao seu Orlandinho, empresário e escritor de alma lírica, e ao Rosalino, minhas e nossas saudades. Com certeza, está havendo grande festa no Céu.

Cezar Lima