Mentir nunca é bom

Bem a propósito do caso contra o vereador Bravin (PP), um repeteco de quatro notas que escrevi em 2005, na coluna Mosaico:

Condenação
Mentir ao Ministério Público pode dar cadeia.
É o que aconteceu ao ex-bancário Antonio Salles Galbi, que em 2003 procurou a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, fez uma denúncia contra o vereador Edmar Arruda (PPS) e o ex-secretário Ênio Verri (PT) e depois recuou. O juiz Devanir Manchini, da 2ª Vara Criminal, no final de julho, atendendo denúncia do MP, condenou Galbi a dois anos de reclusão e 10 dias-multa.

Por fora
A pena foi convertida pelo juiz em prestação de serviços à comunidade. Galbi, que já trabalhou em Maringá, reside em Londrina. Não se sabe onde prestará os serviços.
Quando procurou a Promotoria, Galbi disse ser proprietário de uma área desapropriada pelo município e que para receber os mais de R$ 2 milhões pela desapropriação teria que desembolsar 35% do valor líquido “por fora”.

Calúnias
O MP, após diligências, considerou que havia motivos para a abertura de inquérito civil público. Momentos antes de serem tomados os depoimentos, porém, o advogado do denunciante apareceu com declaração firmada em cartório onde Galbi confessava que as afirmação que dera não eram verdadeiras.
De acusador, ele passou a acusado, tendo contra si ação por denunciação caluniosa, que resultou na sentença exemplar de Manchini.

Processo
Com a decisão do juízo da 2ª Vara Criminal, resta agora a Edmar Arruda e Ênio Verri, virtuais candidatos a deputado em 2006, também abrirem processo criminal contra Galbi, pelo mesmo motivo.

[Galdi recorreu da sentença e perdeu]