Duas condenações com algo em comum
A nova condenação do ex-prefeito Jairo Gianoto, de dois ex-secretários e empreiteiros (entre eles, um homenageado post mortem, em forma de desagravo promovido pela categoria) é uma prova de que alguns políticos custam muito caro para Maringá. A sentença de hoje da Justiça Federal é o fim de mais um capítulo na história da corrupção política na cidade, que foi a construção do que era para ser o Hospital Metropolitano - hoje, chamado de Hospital Municipal. Apesar da demora, a justiça tem agido: esta é a segunda condenação de ex-prefeito da cidade em três meses, e uma tem a ver com a outra.
Em outubro passado, a 4ª Vara Cível condenou o deputado Ricardo Barros(PP) e ex-secretários por conta do caso Aeroservice - o embrião do caso Hospital Metropolitano. Às vésperas de deixar a prefeitura, em 92, Barros contratou a empresa sem licitação para supervisionar a construção do tal hospital. Resultado: o segundo maior escândalo político-administrativo de Maringá depois do caso Gianoto-Paulichi. A denúncia partiu de Said Ferreira, que cumpriu o mandato de 93 a 96 e, claro, não mexeu com a obra. Quando Gianoto assumiu a prefeitura, em 1997, ele sabia do rolo e garantiu que preferia aumentar o Hospital Universitário do que ressuscitar o HM de Barros; este, já deputado federal, estava mexendo os pauzinhos para liberar as verbas para retomar a idéia da obra. Gianoto resistiu pouco tempo e acabou formando um trio com Ricardo e José Borba, hoje prefeito de Jandaia do Sul; nos bastidores, conta-se que cada um teve 7% de motivos para defender a obra (feita igualmente sem licitação), cujo metro quadrado ficou mais caro que apartamento na avenida Vieira Souto.
2 pitacos:
PORQUE SÓ O GIANOTO? ALGUÉM INTENDIDO EM LEIS BRASILEIRAS PODERIA ME EXPLICAR?
Parabens Rigon, por ter explicado quem fez a denuncia. Foi realmente o Dr Said, pois ele não admitia roubo do nosso dinheiro.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.