16.5.08

Rodoviária: escolha do empreendedor será dia 26


Na reunião dos condôminos da Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz, ontem no paço municipal, foram apresentados os dois projetos habilitados para demolir o prédio e ali levantar um empreendimento imobiliário. Quer dizer, agora querem que a população pague pela demolição, não mais o consórcio vencedor. Quem ganhar deverá encontrar o terreno limpinho - isso se não prosperarem as ações que correm na justiça contestando o crime contra a história da cidade de apenas 61 anos.
O projeto que vai vencer tem 34 pavimentos e 31 andares. Além de quiosques em duas torres e um centro cultural, a partir do terceiro andar estão previstas salas comerciais e apartamentos de 60 metros quadrados. A última parte seria o hotel. Aos condôminos são oferecidas salas comerciais sem direito a garagem. Mesm os que estavam concordando com a mudança ficaram insatisfeitos com a proposta.
A administração, que, a exemplo do PAC Santa Felicidade, só trabalha no antidemocrático esquema de imposição, informou que a escolha do projeto vencedor se dará no próximo dia 26 - coincidentemente, mesma data em que os consórcios habilitados têm que entregar os projetos alterados. Ou seja, a escolha não será analisada como deveria ser, se o processo fosse sério. Escolhido o empreendedor, os condôminos terão mais 15 dias para negociar se ficarão com as salas comerciais (com outros ramos de comércio que não os que tinham) ou se receberão em dinheiro. Oito dias depois deste prazo, a prefeitura iniciará o processo de desapropriação - um ato de força pelo qual ela deposita um valor que própria estabelece. Ficou claro que a administração cidadã de Silvio II não está nem aí para a discussão judicial do problema, que afeta famílias de comerciantes e que já resultou no fim do emprego para muita gente.

[Já comentei aqui que o prédio sob o qual Silvio II quer sepultar parte da história da cidade é a catedral dos Barros. É uma forma megalômana de tentar que a posteridade registre o DNA de uma família. Não é à toa que a rodoviária foi escolhida, pois fica na frente da catedral, e a idéia é que a altura do novo prédio seja a referência da cidade, não mais o templo religioso]

10 pitacos:

Anônimo,  16:09  

Não sei com quem vc se informou, mas o que foi dito ontem na reuniao é que o consórcio ganhador que terá que demolir o prédio.Não foi falado nada sobre "a população pagar a demolição".

Anônimo,  17:08  

Rigon, vale lembrar que Israel vai fazer 61 anos também.

Só que lá, os prédios caem por bombardeios, e não por vontade daquele que foi eleito pra fazer a vontade do povo.

Anônimo,  18:40  

Larga a mão de ser palhaço rigon, para de defender essa porcaria de rodoviaria, se ela ficar ali dentro de alguns anos vai voltar tudooo esse processo de revorma e revitalização de nooovo, então a solução é derrubar, viver de passado basta, VAMOS PENSA NO FUTUROOO.

Editor 18:50  

Não, não, Piolim.

Anônimo,  23:33  

Porque esse interesse obscecada que a administração cidadã tem em demolir a rodoviária.

Silvio qual é a vantagem nos conte?

Sentimos que tem algo de errado, tem alguém que tem interesse, no empreendimento, e claro né!

Silvio Barros, valor histórico não tem preço, nós somos maringaense e queremos assegurar o direito de preservar o último patrimonio de Maringá.

Anônimo,  01:39  

Nhé.

Pornoviária no chão, ok.

Mas montar uma pirâmide no lugar para o faraó Silvio II, o "deus vivo" da dinastia Barros, é piada.

Se é para derrubar o trambolho, que seja para colocar algo público no lugar (biblioteca, museu, terminal, sambódromo, banheiro et cetera) e não um condomínio da "famiglia" real.

Se bem que se caísse uma bomba nuclear em Maringá, do pouco que ficaria de pé, estaria a pornovíária... alguém já viu a espessura daquelas paredes?

Anônimo,  12:25  

Vamos erguer um momunento aos Barros!

Anônimo,  10:30  

Trata se de um dos melhores endereços do centro de Maringá, agregando vigor arquitetônico, significado histórico e localização privilegiada. Derrubar para construir prédio comercial? Para quê? Para quem? Talvez, a última pergunta seja mais pertinente para este caso.

A antiga rodoviária de Maringá, datada de meados do século, não é cortejada pela Prefeitura de Maringá, ao contrário do que acontece na capital do Estado (e diga-se de passagem "bela capital"). Em Curitiba, a preservação é uma das maneiras de preservar a cultura e a história da cidade, que tem mais de 300 anos.

A exemplo, podemos citar casos distintos. Coincidência ou não, a rodoviária antiga de Curitiba é um deles. Construída nos anos 40, no centro velho da cidade, projeto do arquiteto João Batista Vilanova Artigas, está totalmente preservada. Está tombada pelo município há mais de 20 anos e é, portanto, patrimônio do povo. E o caso mais recente, o prédio da RFFSA, que foi construído na década de 50, também é Unidade de Interesse de Preservação (UIP) da Prefeitura de Curitiba, desde o ano passado. Por que lá existe essa consciência de preservação e aqui consciência de destruição?

Outro caso de maior envergadura é o da Santa Casa de Curitiba, com papel educacional para alunos de Medicina, na Praça Ruy Barbosa, foi salva pelo bom senso dos curadores da instituição, quando no final dos anos 80, um grupo português de supermercados quis comprar a edificação, que não tem preço, pois é bem inalienável da alma de Curitiba.

Os empresários prometeram mundos e fundos. Queriam dar em troca um novo hospital, amplo, superequipado, mas no lugar da Santa Casa nasceria "apenas" um shopping center. E o valor imaterial do imóvel? "Que valor é esse, como é calculado?", perguntaram os interessados na transação, com as entonações e vozes dos só comprometidos com o lucro.

No caso de Maringá, será que a falta de terrenos no centro da cidade é um dos motivos para a não preservação do prédio? O Novo Centro não fica a menos de 50 metros da rodoviária? Não se fala em centro cívico para desafogar o trânsito de Maringá e concentrar os poderes em áreas menos centrais? E porque prédio de 30 ou 40 andares no centro? Afinal, querem desafogar o centro ou afogar mais? De quem é o interesse? Quem ganha e quem perde? Qual o valor imaterial do imóvel?
Pedro Donida

Anônimo,  11:49  

SR PEDRO DONIDA! meus parabens, acho que deveria o senhor encabecar um grande m,ovimento explicando o que poderiamos ter e como o povo poderia saber que agregar valores, e guardar memorias fazem farte de nossa vida! eu topo!

Anônimo,  23:02  

Valor arquitetônico????????
Meu Deus..qta boabagem...

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