Transparência da câmara
Do leitor:
A Câmara Municipal de Maringá não só deixou de divulgar os dados sobre as diárias de março, conforme resolução aprovada, como também ainda não publicou nenhum balanço no ano de 2008, e já se vão quase 4 meses, e só recentemente fechou os dados do ano de 2007.
Não consigo entender como, com tanta informatização se demore tanto. Dá a impressão que se fica maquiando, acertando, sei lá o quê. Trabalhei numa grande estatal e os balancetes fecham em dois dias. No caso da câmara de da prefeitura entendo que no máximo até o dia 20 do mês seguinte dos dados deveriam estar disponíveis.
A bem da verdade o problema não é só na Câmara. A prefeitura também ainda não disponibilizou nada em 2008 e só nesta semana publicou, na Internet o balanço de 2007.
Lembro que a constituição prevê nos artigos 30-III e 31 § 3º prevê que compete aos municípios publicar balancete e prestar contas no prazo previsto em lei e que as contas dos municípios ficarão à disposição de qualquer contribuinte, durante sessenta dias, anualmente, para exame e apreciação, o qual poderá questionar a legitimidade, nos termos da lei.
Quantos contribuintes maringaenses estão exercendo este direito? Só o pessoal do Observatório Social? Como podemos ver transparência é obrigação e aí está explicado porque a Câmara permitiu a auditagem das suas contas pelo Observatório. Qualquer um de nós pode fazer o mesmo.
13 pitacos:
A população deve passar por uma mudança de mentalidade, e achar que o dinheiro público não pertence a ninguém. Um pedido administrativo, e caso negado, uma ação judicial seria o meio que obrigaria o poder público (executivo e legislativo) a disponibilizar os dados.
O Poder Judiciário deve também passar por uma mudança de mentalidade e parar de tratar ações deste tipo como atos de natureza política.
Engraçado, quando o problema é doença de pessoas, os médicos é que respondem. Quando é de animais, os veterinários, resolvem. Quando é estrada, ruas ou edificações, os engenheiros e arquitetos são responsabilizados. Se for espiritual, padres e pastores agem. E quando se trata de contas, bem ou mal feitas, no prazo ou fora dele, que profissionais é que respondem por elas? A que conselho pertencem? Possuem sindicatos? Com quem estariam eles comprometidos?
Ivan
Deve de estar faltando funcionários...
Wilson, Ivan e outros interessados.
Temos pensado em criar uma espécie da " Camara paralela', para cobrarmos a transparência. O Rigon poderia se encarregar de receber os emails e apurar quantas pessoas estão dispostas. Se formarmos um grupo de pelo menos uns 10 voluntários, de preferência sem vinculação partidária, que fossem realmente independentes, poderíamos começar analisando as contas de 2007 da Prefeitura. Que tal?
Wilson, Fechado. De minha parte acho que enquadro neste perfil. Não sou vinculado a nenhum partido,não sou candidato a nada e a mim não interessa quem seja o governo. Quero transparência de lisura no trato com os recursos públicos, como acredito que faça na minha vida, administrado um condomínio, como se fosse uma empresa, e com o cuidado que gostaria de ver nos Prefeitos, governadores e Presidentes da República.
Estou à disposição. Meu email é valjomar@gmail.com Entre em contato, por favor, vamos marcar uma conversa para nos conhecermos e analisarmos de vale a possibilidade de iniciarmos o movimento.
Outros interessados. Favor entrar em contato.
Wilson, não culpe a população. Esfolada, ela já paga a conta para as escolas formarem os homens que cuidarão do funcionamento do País em todos os setores.
Tem atividades que, pela complexidade, volume e desgaste, devem ser desempenhadas por quem detenha conhecimento técnico e comprometimento ético. Todas as ciências e ofícios exigem esse comprometimento. Teoricamente. Temos até um poder que nos custa caro, para, teoricamente, colocar nos eixos os desviados. O nível de desconfiança hoje existente reflete o padrão ético que está sendo gestado nessas nossas escolas e poderes. Interessante notar que esse padrão contrasta com as auto-avaliações positivas e ostentação de títulos e diplomas. A UNB, através do seu Reitor e Vice está nos mostrando o compromisso daquela Universidade - comum a todas as outras - onde câmaras e Prefeituras, parecem se espelhar para praticarem esse tipo de administração pública que vemos.
Há dois tipos de Universidade convivendo ao mesmo tempo: uma que se preocupa com as ciências e a humanidade, avessa a contas, normas e controles, a tal ponto que deixa que outros o façam por ela. Assim como a maioria da população, confia - tem que confiar - em seus advogados e contadores. Até no condomínio e no seu clube social são passados para trás. Sem contar os seus extratos e boletos bancários... O pronunciamento do insuspeito senador Pedro Simon do dia 10/04 nos faz dimensionar o tamanho da crise moral. Em certo momento ele se indaga: Não nos perguntamos mais para onde é que vamos parar e sim a que ponto chegamos... Penso que é resultado da omissão e conivência dos diversos agentes sociais mais escolarizados. Não nos esqueçamos do outro tipo de Universidade, onde inexistem cidadãos, apenas clientes.
Ivan
Wilson, por favor, como se referir ao povo e dizer que ele é o problema? Será que percebemos que é parte de uma elite corrupta e impune a causadora desses problemas? E que soluções, a partir dela, é mais problemas? Veja as OSCIPs, com vícios de origem, apesar dos discursos, estão hoje sob suspeita e no olho do furacão. Veja se tem alguém do povão coordenando ONG ou OSCIP, e se locupletando? A criação de organismos não combate a corrupção e ainda aumenta os gastos públicos.
Ivan
Pq os manos ai naum marcam um encontro mais intimo pra poderem dirimir todos estes assuntos tao graves...Até parece que estes malas Wilson - Ivan - Valcir sabem ou entendem o que tem que fazer acorda alooooooooooouuuuuuu vcs estão em Maringa...haahaha
'Cara Mala das 00:30'Faloooouuuu Mano ! Estamos pensando nisso. Marcar uma reunião, não um encontro íntimo. Vc não poderá participar. Não sabemos que é vc.
Quando vc diz que somos 'mala', devem ser pela 'bagagem' que demonstramos ter. ( Desculpe a modéstia)
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.