Eu acho que tenho um destes perdido numa velha agenda. Me faz reviver os anos em que viajava 18 horas pra chegar à Florianopolis, onde fiz faculdade. Chegava la torto, naqueles onibus terríveis. a grana, curta, nao dava pra financiar o leito e uma viagem destas so saía uma ou duas vezes por ano. Lembro de uma vez que minha irma chorou na hora de embarcar e minha mae falou: - Você nao é obrigada à ir. Quer ficar, fica. - Nao choro por partir. Eu quero ir. Choro por ter que deixa-los. Minha mae sorriu e a abraçou mais forte, dizendo. - O importante é que você estude e aprenda o que eu nao tive a oportunidade de aprender. Era durante a época em que ainda havia mato pra se derrubar, e foi com o dinheiro da venda da madeira que meus pais financiaram nossos estudos.
nossa!!! esse jc cecilio é um fóssil maringaense que deve ser preservado a todo custo! além do cine horizonte o cara guarda coisas do arco-da-velha. "que dona bárbara não nos leia", mas dá pra fazer muita história com isso tudo ai. vai querido escreve um livro! dou o maiooor apoio.
Naquela época ninguem pensava que a mata ia acabar. Pagavamos o INCRA pra reflorestar. Cada vez que os fiscais chegavam era o panico no escritorio. Até hoje nao sei onde foi parar a grana que i INCRA arrecadou com a derrubada das florestas do Paraná. Nao sou da familia Barros nao. Éramos uma familia grande de imigrantes catarinenses. Se reconheço que foi da mata que saiu o nosso sustento, também reconheço que participamos de um erro enorme. Nao tinhamos terras, apenas uma industria madeireira que faliu com o fim da madeira. Mas, se oo INCRA tivesse investido seriamente na preservaçao dos 20% de reserva florestal e no reflorestamento, certamente nao estariamos destruindo as florestas do Paraguai, Mato Grosso e Amzonas hoje.
Postar um comentário
Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.
5 pitacos:
FUNDÃO DO ALVORADA - Que coisinha linda, continue guardando, é uma reliquia, tire fotocópias para a minoria, a professorinha de história vai AMAR.
Eu acho que tenho um destes perdido numa velha agenda. Me faz reviver os anos em que viajava 18 horas pra chegar à Florianopolis, onde fiz faculdade. Chegava la torto, naqueles onibus terríveis. a grana, curta, nao dava pra financiar o leito e uma viagem destas so saía uma ou duas vezes por ano. Lembro de uma vez que minha irma chorou na hora de embarcar e minha mae falou:
- Você nao é obrigada à ir. Quer ficar, fica.
- Nao choro por partir. Eu quero ir. Choro por ter que deixa-los.
Minha mae sorriu e a abraçou mais forte, dizendo.
- O importante é que você estude e aprenda o que eu nao tive a oportunidade de aprender.
Era durante a época em que ainda havia mato pra se derrubar, e foi com o dinheiro da venda da madeira que meus pais financiaram nossos estudos.
nossa!!! esse jc cecilio é um fóssil maringaense que deve ser preservado a todo custo! além do cine horizonte o cara guarda coisas do arco-da-velha. "que dona bárbara não nos leia", mas dá pra fazer muita história com isso tudo ai. vai querido escreve um livro! dou o maiooor apoio.
Entao quer dizer que o anonimo das 16:18 anda ainda madeirando a cidade pra mandar os filhos pra fora!?
Perai, dexa eu me certificar... seu sobrenome é Barros? senão for, não precisa madeirar a cidade pra mandar os filhos pro EEUU, nem pra floripa.
Fio! trabalha que vc não precisa cortar árvore, planta! mesmo com a lavoura embaixo da árvore ela dá!
E óia, mesmo não ter ido estudar em Floripa, eu me formei em Ctba, mas com a grana que eu mesmo ganhei lá. Papily não mandou nada apesar ter muita.
Árvore só me deu um prazer na vida: o prazer de deitar embaixo da árvore!
Naquela época ninguem pensava que a mata ia acabar. Pagavamos o INCRA pra reflorestar. Cada vez que os fiscais chegavam era o panico no escritorio. Até hoje nao sei onde foi parar a grana que i INCRA arrecadou com a derrubada das florestas do Paraná.
Nao sou da familia Barros nao. Éramos uma familia grande de imigrantes catarinenses. Se reconheço que foi da mata que saiu o nosso sustento, também reconheço que participamos de um erro enorme. Nao tinhamos terras, apenas uma industria madeireira que faliu com o fim da madeira. Mas, se oo INCRA tivesse investido seriamente na preservaçao dos 20% de reserva florestal e no reflorestamento, certamente nao estariamos destruindo as florestas do Paraguai, Mato Grosso e Amzonas hoje.
Postar um comentário
Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.