30.3.08

Reflexões

Trecho do texto de Sara Maria Binatti dos Anjos:

Sou uma pessoa comum. Fui criada com princípios morais comuns.
Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança, era a de que os "lanterninhas" dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão, quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo.
Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos e/ou mais velhos, mais afeto.
Inimaginável responder deseducadamente a policiais, mestres, idosos, autoridades. Confiávamos nos adultos porque todos eram pais/mães de todas as crianças da rua, do bairro, da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, de sapos, de filmes de terror.
Na íntegra.

3 pitacos:

Anônimo,  15:06  

Bom ter gente que ainda entende que vale mais ser do que ter. Na verdade é esta valorização do ter que norteia tantas politicas e ações públicas, destas do tipo do JOhn que negociou o patrimonio a troco de construir um shopping, e porque não dizer da ação da prefeitura que entende que é melhor constuir um grande residencial para o deleite de alguma construtora e de alguns mais endinheirados que poderão residir no local do que preservar parte da identidade da cidade. Governos deveriam ser os primeiros a valorizarem a cultura, o ser.

Anônimo,  15:32  

Verdadeiramente espontoso é essa reflexão, nos mostra que nos atuais dias é muito mais díficil sermos pessoas de "bem".
Sempre há comentários que o poder corrompe o ser humano, tlvez o ser humano tenha corrompido o poder primeiro.
Perguntei ao meu filho se sabia o que era um "lanterniha", não obtive resposta.
Perguntei se tinha medo do escuro, a resposta negativa.
Dentre várias perguntas acabei chagando a conclusão que não sei para onde guimos nossos filhos.
Onde está a ideologia de construirmos um mundo melhor para nosso filhos viverem?
Respondo sem dúvida alguma, que não, não o construímos e destruímos o que existia.
Mas, ainda, há tempo para recuperarmos os valores morais familiares. Devemos pensar no significado da palavra família, educarmos para sermos educados.

Anônimo,  17:11  

Achei esquisito a afirmação de que ladrões tinham a aparência de ladrão. Como assim?
Sinceramente senti uma dose de preconceito.
Lembrei-me de uma viagem que sempre fazia para o interior de São Paulo, com um ônibus que vinha de Foz do Iguaçu e em determinado lugar o ônibus parava para os policiais entrarem e estes revistavam os pertences pessoais de alguns passageiros escolhidos, não sei o critério, mas na maior parte das vezes eram os que tinham a aparência mais humilde.
Também me lembro de uma reportagem sobre um profissional brasileiro negro que mostrava o Rio de Janeiro para um colega americano e foi abordado de forma brutal por uns policiais. Depois do ocorrido, com o americano, em choque, o profissional brasileiro tentava acalmar-lhe dizendo que nem todos os policiais eram assim e pedia que não generalizasse a má impressão.
Curiosamente tive em minhas mãos uma reportagem sobre uma pesquisa que comprovava que a maior parte dos presos no Brasil são de cor branca.
Acho que esse negócio de julgar pela aparência pode nos levar a cometer injustiças.

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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.

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