16.3.08

Lula não virá a Maringá?

A encruzilhada em que se encontram o PP, o PTB e o PDT é tema de reportagem em O Estado do Paraná (para assinantes) deste domingo. Diz um trecho:

"O PP, sob o comando do deputado federal Ricardo Barros, prossegue com as conversas. Barros já esteve com a presidente estadual do PT e pré-candidata à prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann, e com o prefeito Beto Richa (PSDB). Participante das reuniões do conselho político do governo Lula, na condição de um dos vice-líderes do governo na Câmara, Barros disse que ouviu de Lula o apelo a que os partidos da base se aliem nas eleições deste ano. Na quarta-feira, 12, em nova reunião, Lula avisou que aonde tiver mais de um candidato da base, não colocará os pés. O pedido de Lula em favor das alianças locais, o PP vai atender em cerca de oitenta municípios do Estado, mas não em Curitiba, onde o partido é adversário dos petistas e ocupa vários cargos na equipe de Beto".

5 pitacos:

Anônimo,  08:57  

ONDE ESTA O CERVO?

Anônimo,  13:00  

Enquanto isso, no mundo REAL...
(leia www.resistir.info)

Acumulação de reservas cambiais = farra dos especuladores e explosão da dívida interna
por Rodrigo Vieira de Ávila [*]
Depois de divulgar amplamente o pagamento antecipado ao FMI, em 2005, dia 21 de fevereiro de 2008 o governo anunciou mais um suposto marco histórico: o de que os ativos do país no exterior, constituídos fundamentalmente pelas reservas internacionais, superaram a dívida externa pública e privada. Alega o governo que esta é uma evidência da superação do problema da dívida.

Em primeiro lugar, cabe ressaltar que este suposto recorde não passa de manipulação estatística, originada em 2001, durante o Governo FHC, e perpetuada no governo Lula: a exclusão dos empréstimos intercompanhia (dívidas de filiais de transnacionais no Brasil com suas matrizes no exterior) do cálculo da dívida externa. Estes empréstimos dobraram em 2007, passando de US$ 20 mil milhões para US$ 42 mil milhões, mas são ignorados pelo governo, para que possa propalar um suposto marco histórico.

Em segundo lugar, o que está por trás desta acumulação desenfreada de reservas cambiais? Uma verdadeira farra dos especuladores nacionais e estrangeiros, que trazem seus dólares em massa ao Brasil para comprar títulos da dívida "interna", em busca dos juros mais altos do mundo. O resultado disto é a explosão da dívida interna, que atingiu R$ 1,4 MILHÃO DE MILHÕES [€548 MIL MILHÕES] [1] em dezembro de 2007, tendo crescido 40% em apenas dois anos!

Em 2007, o governo federal gastou R$ 237 mil milhões com juros e amortizações da dívida interna e externa (sem contar o refinanciamento, ou seja, a chamada "rolagem" da dívida), enquanto apenas gastou R$ 40 mil milhões com a saúde, R$ 20 mil milhões com a educação e R$ 3,5 mil milhões com a Reforma Agrária. E o governo ainda tem coragem de afirmar que a dívida não é problema!

Conforme denunciado na 3ª Edição da Cartilha "ABC da Dívida" (que estará sendo lançada em breve pela Campanha Auditoria Cidadã da Dívida / Rede Jubileu Sul Brasil ), a recente isenção fiscal de Imposto de Renda sobre os ganhos dos estrangeiros, o estabelecimento e a manutenção de taxas de juros altíssimas, e a total liberdade de movimentação de capitais têm gerado as condições para um verdadeiro ataque especulativo contra o Brasil. Os investidores estrangeiros trazem seus dólares para investir na Bolsa e em títulos da dívida interna, e assim forçam a desvalorização do dólar frente à moeda brasileira (o Real). Os bancos e empresas nacionais também se aproveitam disso, tomando empréstimos no exterior (mais baratos devido às baixas taxas de juros) para emprestar ao governo brasileiro, por meio da compra de títulos da dívida interna, recebendo uma fortuna em troca disso, devido às altíssimas taxas de juros do Brasil. Não há limite algum para estas operações, e o Banco Central (BC) compra estes dólares e fornece títulos da dívida interna de acordo com o fluxo de moeda estrangeira ao país. Quando recebem seus lucros e juros em reais, os investidores podem trocá-los por maior quantidade de dólares – uma vez que a moeda brasileira se valorizou – e assim cumprir seus compromissos com o exterior, tendo um lucro extra.

Em 2007, o Real valorizou-se 20% frente ao dólar. Portanto, o investidor estrangeiro que no início de 2007 trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira ganhou, durante o ano, 13% em média de juros, e mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar. Portanto, em 2007, os estrangeiros ganharam uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano!

Por outro lado, o Banco Central, comprando a moeda estrangeira trazida pelos especuladores, termina ficando com o mico [2] , ou seja, o dólar, que se está desvalorizando. O BC também aplica os dólares (recebidos dos investidores e exportadores) , só que em títulos do Tesouro Americano (que ajudam Bush a financiar seu déficit e suas políticas, como a invasão do Iraque), que rendem perto de um terço dos juros pagos pelo governo brasileiro pelos títulos da dívida interna. Além do mais, como o dólar está em forte desvalorização, os juros pagos pelo Tesouro Americano são, na realidade, negativos para nós.

O resultado disto tudo é um imenso prejuízo para o Banco Central: chegou a R$ 58,5 mil milhões apenas de janeiro a outubro de 2007. Este prejuízo é bancado pelo Tesouro Nacional, e correspondeu ao dobro de todos os gastos federais com saúde no mesmo período. Por outro lado, os banqueiros, que se beneficiam desta manobra, não páram de bater recordes de lucro.

Portanto, este suposto marco histórico divulgado pelo governo esconde, na realidade, uma verdadeira reciclagem do velho mecanismo de espoliação da dívida externa, com uma nova máscara: o endividamento "interno". Este mecanismo é altamente rentável aos investidores estrangeiros, uma vez que, desta forma, eles ficam imunes à desvalorização da moeda americana, recebendo seus lucros e juros em uma moeda que não pára de se fortalecer frente ao dólar.

Além do mais, quando o governo alega que possui recursos para pagar toda a dívida externa, faz uma apologia ao pagamento de uma dívida ilegítima e já paga várias vezes com o sangue e suor do povo, desde os anos 80, quando os EUA, de modo unilateral e ilegítimo, multiplicou as taxas de juros incidentes sobre a dívida externa, levando o Terceiro Mundo à recessão e ao desemprego.

Não há saída para o endividamento sem uma ampla e profunda auditoria, que quantifique quantas vezes já pagamos esta dívida e a que custo social e ambiental. Somente assim poderemos nos libertar dessa amarra que continua nos aprisionando, apesar do governo prosseguir em sua manobra diversionista, tentando sistematicamente, através da divulgação de dados manipulados e parciais, desqualificar os movimentos sociais em favor da auditoria da dívida, na tentativa de esconder que o endividamento continua sendo, cada vez mais, o centro dos problemas nacionais.

[1] 1 Euro = 2,55 reais
[2] Refere-se ao "Jogo do Mico", no qual as cartas apresentam figuras de animais. Aquele que fica com a carta do mico (macaco) é o perdedor.

Anônimo,  14:25  

Lula não virá a Maringá;
Aécio Neves não virá a Maringá;
Paulo Maluf não virá a Maringá;
Garotinho não virá a Marfingá
Não cai avião da TAM;
Tsunami não ataca as praias paranaenses.

Anônimo,  16:03  

Se for para pedir aliança com os barros, está dispensado.

Não voto em barros, pode pôr até o Papa( desculpa aí, Santidade) de vice dele que não voto.

Aqui em Maringá,a aliança PT e PP não rola.. se rolar, o PT aqui morre definitivamente. E os petistas sabem disso, pois não?

Anônimo,  18:55  

O Lula não vem mesmo, sabe que aqui quem manda é o Reicardo e acabô! Não tem pra ninguém.

Está praga chamado Ricardo Barros, e comprovadamente é diabólico, única formula de freiar é "DEUS", e ele na hora certa vai agir.

O Povo maringaense tenha FÉ, voce conhece a História de "JÓ", tenha fé com "DEUS" venceremos, com certeza erradicaremos esta praga chamado Ricardo Barros e DesapareCIDA que nem de Maringá não é.

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