Guatassara: poder público não dialoga com a sociedade
O coordenador de Políticas Urbanas e Meio Ambiente de Maringá, Jurandir Guatassara Boeira (primeiro à dir.), participou hoje pela manhã do encerramento da 8ª Conferência das Cidades, realizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Acredite se quiser: ele disse que existe uma cultura geral de rejeição do diálogo do poder público com a sociedade civil, o que complica a participação da sociedade no controle social e impede o avanço democrático. Seria uma mea culpa?
Guatassara só poderia estar falando de sua própria gestão, em Maringá, onde as audiências públicas são feitas praticamente às escondidas e onde o poder público parece querer, mesmo, distância da opinião da sociedade. Basta ver a discussão sobre a revitalização da avenida Brasil, da alteração da lei para o Aspen Park ampliar sua área construída, da mudança da lei para beneficiar o prédio irregular do filho de um promotor, e sem contar o desrespeito geral às infrações na área do planejamento, como a não cobrança da área permeável etc. Leia mais.
PS - Recebo telefonema dizendo que bati muito forte e que Guatassara tem sim ouvido e dialogado com a sociedade maringaense. Respeito a opinião e mais uma vez não entendo a birra que esta administração pegou do prédio da velha rodoviária, um exemplo, pra mim, da falta de diálogo - não com os condôminos, mas com o bom senso.
(Foto Edson Santos)
7 pitacos:
Rigon
Você esqueceu daquela discussão na Câmara sobre a Lei de Diretrizes Urbanas em que o tão malfalado PT do José Cláudio elaborou com a participação do povo e o PP do prefeito Silvio Barros e seus asseclas simplesmente desprezaram apresentando outro totalmente diferente em seu lugar.
Se existe rejeição deve se buscar as causas e corrigir o problema. O que não se pode é baixar os braços, apelar para decisões top-down e dar marcha à ré na democratização da gestão pública.
As audiências divulgadas na surdina, convidando apenas o público aliado não deixa margem para debate. E quando há um início de debate, a posição do governo não é de orquestração dos diferentes interesses em função do máximo bem, mas de defesa ostensiva do seu ponto de vista e ponto final.
Assim, a única alternativa que sobra à população é apelar para o MP para fazer cumprir a lei.
O discurso do secretário deixa entender que os urbanistas do serviço público não se sentem muito à vontade com as exigências do Estatuto da Cidade de democratização das decisões. Infelizmente, isto não ocorre só em Maringá. É resultado de uma longa tradição de formação tecnocrática que induz à pensar que basta estar ao lado do rei para poder resolver tudo com uma canetada. São raros os profissionais que foram preparados para exercer o papel de democratizadores da gestão da cidade.
Logo o Guatassara diz isso. Lembro-me de quando confiscou as redes dos meninos do Ceará. Ele dialogou com alguém? Não, foi metendo a mão nos pobres moços.
E a rodoviária? Ele conversou? Nãoooo!
nao podemos esquecer da questao da votação de hoje do projeto de lei do executivo municipal que isenta todas a entidades ditas como de utilidades publicas de suas obrigações contributivas. Que entidade esta sendo beneficiada com tal lei e porque o projeto nao foi levado para ser discutido no Conselho Municipal de Assistência Social???
Oh Plebe!!!
Ponham-se nos seus respectivos lugares. O cara trabalha para o nosso aliado, o nobre Silvinho Verri. O que voces tao querendo afagos?
Vao se tratar isto eh auto-estima baixa.
Cervo™ $$$$$$$$$$$ Servo™
Aquele prédio do lado da sede dos correios é um escândalo para qualquer administração pública que queira ser reconhecida como competente e correta no trato das leis deste país. É um monumento erguido em homenagem à classe de privilegiados abastados que estão acima dos demais cidadão marigaenses, cidadãos comuns que são obrigados a andar na lei e nas exigências da prefeitura quando precisam construir qualquer porcaria, um tapa na cara do povo.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.