Tem mais é que multar mesmo

Respondi há pouco um amigo, ainda a respeito da colocação de câmeras para flagar os motoristas que não respeitam ninguém em Maringá. Foi por causa de um post de ontem. Para que outros leitores não fiquem com a mesma impressão, uma rápida explicação.
Sofri dois acidentes de carro na minha vida. Uma, como passageiro. que já contei aqui, e outra como motorista. Fiz questão de não fazer cirurgia plástica nem implante de cabelos nas cicatrizes dos dois acidentes (no último, tive fratura de crânio, quatro costelas quebradas e perfuração de pulmão), para poder, a cada vez que olhasse no espelho, agradecer a Deus e perceber que Ele me possibilitou a prorrogação. O último acidente, em 1994, o mais sério, foi provocado por um jovem que cruzou a Perimetral com a rua Martim Afonso (hoje há um semáforo ali, naquela época mão) a mais de 100km por hora. Ele havia acabado de ganhar o carro de presente de 18 anos.
Eu não poderia, jamais, ser contra qualquer punição a quem não respeita as leis do trânsito - pois a pessoa se torna um perigo ambulante. Acho que tem mais é que multar mesmo, e ao longo da existência da coluna Mosaico tenho denunciado maus motoristas, inclusive divulgando as placas. Mas torno a repetir: usar o discurso de acabar com a indústira da multa, para ganhar votos, e depois fazer o contrário é reprovável, é enganar trouxa - porque muitos deles acreditaram que iam reduzir o aparato de multas, que só faz crescer em Maringá.