20.6.07

Chinelo é incompatível com o Judiciário

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Este é o termo de audiência realizada dia 13 último, na 3a Vara do Trabalho de Cascavel, que por sinal não foi realizada. Motivo, conforme consta do fac-simile: o reclamante compareceu em Juízo trajando chinelo de dedos, o que foi considerado um "calçado incompatível com a dignidade do poder Judiciário". O documento registra que o reclamante protestou, mas não houve reconsideração. Por causa das Havaianas - aquelas que não deformam, não têm cheiro e nem soltam as tiras -, a audiência foi adiada por dois meses e agendada para 14 de agosto.

7 pitacos:

Anônimo,  14:55  

É o que eu sempre digo... o problema não é o chinelo, mas, quem usa o mesmo...

Se fosse alguma modelo famosa (uma daquelas 4 da propaganda das havaianas), com as coxas roliças, a mostra, dando aquela bela cruzada de pernas poderia?...

Poisé... essa porra só vale pra marmanjo mesmo, e pobre...

Eduardo 16:29  

Que absurdo. Ridículo.

Anônimo,  16:44  

ridículo. a justiça é para todos.

Anônimo,  16:56  

Quando as pessoas passam a ter menos valor do que as coisas, algo não está indo muito bem no reino dos animais racionais.
A sorte é que há mentalidades mais sensíveis também, que, de vez em quando vão para as ruas ouvir queixas e pleitos do chamado povão ou despossuídos.
Altruístas que são, não recebem pagamentos mas promovem aquilo que mais possuem. Dignidade.

Anônimo,  17:56  

Não acredito! Ridículo mesmo! Põe ridículo nisto.

Roque Piccinato 19:47  

Rigon, gostaria de lembrar alguns personagens históricos e trabalhadores que também não teriam sido dignos de pisar na 3ª Vara do Trabalho de Cascavel:
1)Jesus Cristo, que usava sandálias, segundo o relato bíblico (Lucas, 3, 16 e Marcos, 1, 7). João Batista teria dito que não era digno o suficiente para desatar as sandálias de Jesus. Este cidadão, a despeito de usar sandálias, contribuiu muito no sentido da evolução do conteúdo do vocábulo dignidade;
2)Francisco de Assis, que consagrou as sandálias franciscanas, símbolo de pobreza, de humildade, mas jamais de indignidade;
3)Simão, um pescador a quem Jesus Cristo, o número 1 anterior, nomeou “Pedro” e edificou uma “pequenina” instituição, chamada Igreja Católica;
4)Mohandas K. Gandhi, ou Mahatma (Grande Alma) Gandhi, que também usava sandálias. Em certa ocasião, enquanto Gandhi estava subindo em um trem, uma de suas sandálias caiu na vala dos trilhos. Gandhi e sues acompanhantes tentaram recuperá-la, sem êxito, uma vez que o trem já se havia posto em marcha. Ante a surpresa de todos, Gandhi com total calma descalçou sua outra sandália e a atirou igualmente aos trilhos. Perguntaram-lhe porque havia feito aquilo. Disse: "Uma sandália sozinha não serve para nada. Nem para mim, nem para quem achar a que caiu do trem. Agora, pelo menos a pessoa pode ficar com o par completo".
5)Agnes Gonxha Bojaxhiu, ou Madre Teresa de Calcutá, que fundou a ordem das Missionárias da Caridade, a quem se permitia apenas ter dois sáris (roupões), branco e azul, um par de sandálias, um prato de esmalte, um jogo de roupa interior, uma almofada e um colchão, um balde de metal e um par de lençóis.
A Associação Brasileira da Indústria de Calçados informa que em abril de 2007, foram exportados do Brasil para o Mundo 14,4 milhões de pares de calçados e que boa parte disso deve-se às sandálias que abastecerão o verão europeu (www.brazilianfootwear.com.br)
Houve uma falta, sem dúvida, à um princípio fundante da República que é o da dignidade da pessoa humana, que não se cinde em dignidade dos calçados dignamente e dignidade dos descalços ou calçados com sandálias de dedo.

Anônimo,  21:58  

Voces não entenderam nada... o problema não era o chinelo, era o chulè.

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