Vereadores e ex-vereadores têm contas bloqueadas

As coisas às vezes tardam e nem sempre falham. Ex-vereadores, vereadores, uma secretária municipal e o diretor do Procon de Maringá tiveram as contas correntes bloqueadas por causa de uma ação civil pública iniciada há quase sete anos tendo por motivo uma irregularidade cometida há 12 anos.
Estão com a conta no banco bloqueada: o presidente da Câmara Municipal de Maringá, João Alves Correa (PMDB); o vereador Belino Bravin Filho (PP), a secretária de Esportes e Lazer, Edith Dias de Carvalho (PP); o diretor-geral do Legislativo, Nereu Vidal Cézar; o diretor do Procon, Valdir Pignata (PP); os ex-vereadores Antonio Orelhinha Leal da Silva, César Antonio Gualberto, Fernando de Campos Barros Junior, José Maria dos Santos, José Carlos Valêncio (Cuca), Kunihiro Nitta, Maildo Alves Medeiros, Nilton Tuller, Oscar Batista de Oliveira, Umberto Crispim e Victor Manoel Hoffmeister.
O bloqueio foi determinado pela juíza Carmem Rodrigues, da 3a Vara Cível, na semana passada. Hoje pela manhã um ex-vereador constatou, ao fazer um negócio, que sua conta estava bloqueada. Cada um deverá devolver cerca de R$ 10 mil aos cofres públicos para ter direito ao desbloqueio. Aquela legislatura (93-96) recebeu indevidamente o 13o salário, o que gerou ação do Tribunal de Contas e uma ação civil pública, movida pelo promotor José Aparecido Cruz. A sentença determina a devolução total de R$ 153 mil. Além dos R$ 8,4 mil para cada ex-vereador (correção pelo IPC mais juros), a Justiça incluiu no valor a devolução de R$ 300,00 gastos com mensagem saudando a imprensa, R$ 273,55 com mensagem congratulando-se com o aniversário de O Diário, R$ 220,00 pela aquisição de coroa de flores e R$ 83,00 da compra de um cachecol para o arcebispo dom Jaime Luiz Coelho.
Alguns dos 21 vereadores daquela legislatura devolveram o dinheiro; uns receberam apenas num ano, outros receberam o dinheiro extra em 95 e 96. Já houve punição para o então presidente, Antonio Carlos Pupulin (PMDB).