Vereadora terá que devolver salários recebidos irregularmente desde 2001

Vereadora pelo segundo mandato, Márcia do Rocio Bittencourt Socreppa (PSDB), ex-presidente da Fundação de Desenvolvimento Social de Maringá, não vai mais poder acumular o cargo eletivo com o cargo efetivo de assessor administrativo, que ocupa na prefeitura. O Tribunal de Contas do Estado considerou que o acúmulo é incompatível. A decisão foi tomada pelo TCE ano passado, quando oficiou-se a prefeitura para que regularizasse a situação, o que só veio a acontecer este mês. A vereadora não recebeu seu salário relativo a janeiro.
A vereadora foi denunciada pelo Ministério Público e o Juízo da 5a Vara Cível de Maringá entendeu que realmente havia incompatibilidade, já que as sessões da câmara são realizadas às 16h das terças e quintas-feiras. O Tribunal de Contas decidiu que, além de não poder receber salário da prefeitura enquanto for vereadora, Márcia Socreppa terá de devolver aos cofres municipais todos os salários recebidos do município desde janeiro de 2001. Márcia, que deveria cumprir jornada de 8 horas diárias, recorreu da decisão em novembro - e perdeu o recurso.
Socreppa foi eleita em 2000, com 2.216 votos, depois de 7 anos à frente do Centro Social Urbano Rivadávia Vargas e da FDSM, e foi reeleita em 2004 com 2.531 votos. A vereadora chegou a ser nomeada para cargo de confiança, no Gabinete do então prefeito José Cláudio, mas a reclamação do MP prosseguiu. O caso nos remete à ex-secretária Norma Deffune, que recebia duplamente sem que prestasse contrapartida ao Estado.