“Atritos são saudáveis”
Na Gazeta do Povo deste domingo, André Gonçalves e Bruna Walter Masestri entrevistam Luiz Geraldo Mazza, que, aos 76 anos, intitula-se o mais velho jornalista em atividade no Paraná. A idade, porém, está longe de frear a língua do comentarista político da CBN e da Folha de Londrina. Ácido crítico do governador Roberto Requião (PMDB) e do prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB), vê com bons olhos a crise entre os dois. Para ele, o conflito desencadeado na semana passada entre ambos é benéfico para o estado, acostumado à “passividade política”. E lembra que esse tipo de briga é algo que já tem história no Paraná.
No que a briga entre Beto Richa e Roberto Requião vai acabar?
Não é a primeira vez que há atrito entre prefeitura e governo do Estado. É só lembrar que o Requião (na época governador) tentou impedir a integração do sistema de transporte e o Lerner (então prefeito) depois foi para a Justiça. Depois houve aquela bobagem da derrubada das cercas do Centro Cívico (em 2003), quando o Requião tratou o tema como se fosse a derrubada do Muro de Berlim, a tomada da Bastilha. Acho que os atritos, na verdade, têm tudo para ser saudáveis.
Mas esse é saudável?
Estamos num beco provocado pelas intrigas do Requião. Mas, dentro disso tudo, temos aspectos positivos. A Gazeta do Povo, por exemplo, é atualmente muito mais jornal que era antes. Nós devemos isso ao Requião, que provocou tanto os meios de comunicação que eles tiveram que se mexer. Antes, as reações dos nossos jornais eram muito débeis. Agora não, estamos cobrindo tudo. Para mim, basta ao veículo de comunicação ser documental, nem precisa tomar posição ideológica. Ser documental já é suficiente para deixar nosso governador evidentemente enlouquecido.
Por que o governador implica tanto com a imprensa?
Acho que é um truque. É você criar inimigos reais ou imaginários para estabelecer uma situação de defesa. Na velha tradição brasileira existe a questão da culpa, do sujeito estar sendo perseguido. Aliás, a mídia tem é uma tradição de complacência com os governos. Aquela história de choque de democracia prometido pelo Requião, quando disse que ia cortar a verba de publicidade destinada aos grandes veículos, é muito boa. É a hora da verdade, a mídia vai ter de sobreviver com sua força, com sua possibilidade dentro do mercado. O que está acontecendo é isso, mudança de atitudes dos jornais. E também do prefeito, que é uma pessoa também acanhada, inexpressiva, em lua-de-mel com o poder, mas que nesse episódio reagiu muito bem. Ele tem de reforçar o seu papel de oposição.
Entrevista completa (param assinantes da Gazeta do Povo).
4 pitacos:
Qual dos dois imbecís está certo ou errado eu não sei, mas, o que sei é que sumiram com 10 milhões de dinheiro público e eu quero saber onde estão...
Ô meu, que patifaria é essa? Por que você não monta um blog exclusivo para os assinantes da Gazeta do Povo? Assim, eles poderão ler a entrevista inteira.
E agora, o que a gente faz? Deixa só a cabecinha mesmo? Ou vai na banca e compra o jornalão que só tem calhau?
Cara de pau esse Mazza. Dizer que o jornalão da rua das flores melhorou é gozar na cara da gente. Mas, é dos curitibocas mesmo, que se dane.
Minha sugestão: não faça mais isso. Ou põe tudo ou se abstenha.
Eu sempre falei que Requião era louco
Na intensão de fazer um jornal volumoso, a Gazeta já chegou a publicar três vezes uma materiazinha merreca numa mesma edição. Tudo pra encher linguiça.
O melhor jornal do Paraná eu não sei qual é, mas a Gazeta está longe do título.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.