31.1.07

Vítima

O sobrinho de um funcionário público municipal - ligado ao PP e que ocupa cargo de confiança na adminsitração municipal - pode ter sido a primeira vítima do anúncio de que a Capsema não terá mais o repasse de recursos para o atendimento à saúde. Houve dificuldade em se conseguir uma UTI pela Capsema. Não fosse o tio ligado à área da saúde, a dificuldade teria sido maior. A vítima levou um choque numa betoneira e acabou falecendo à noite.
Durante os procedimentos para interná-lo, ninguém escondeu que atender pela Capsema tornou-se difícil desde ontem, principalmente depois que o prefeito apareceu numa reportagem daRPC/Globo falando da suspensão do repasse.

9 pitacos:

Anônimo,  09:48  

Vi o Rigon no diário hoje! hahahahah

Anônimo,  10:15  

Essa é a paga para quem votou nele!

Anônimo,  10:36  

Pesquisador do Pará diz que Fidel Castro é brasileiro e nasceu em Tracuateua
Edílson Silva chegou a pedir exame de DNA de supostos parentes brasileiros do ditador.
Banda da cidade compôs uma música chamada "Origens de Fidel".
Pablo López Guelli, do G1, em São Paulo entre em contato

Um pesquisador do Pará diz ter feito uma "descoberta histórica": Fidel Castro, líder da revolução cubana, é brasileiro. Edílson Silva Oliveira, de 40 anos, vai ainda mais longe. Afirma que o ditador nasceu em Tracuateua, no nordeste paraense, e quer transformar o município em um enorme parque temático. Ele já tem até sugestões para renomear a cidade: Fidelândia Gloriosa, Nova Fidel ou Fidelópolis.




Edílson mostra a maquete do que poderia ser um dia a estátua gigante de Fidel Castro
A história do Fidel brasileiro, que se assemelha ao roteiro de um filme de ficção, pode ser resumida da seguinte forma: Angel Castro, pai original de Fidel Castro, chegou de barco a Tracuateua nos anos 20, e conheceu Delfina, uma elegante jovem por quem se apaixonou. Eles tiveram um filho, Fidel Castro, que nasceu nas plácidas margens do Rio Quatipuru, em 1926, onde viveu até quase os 4 anos de idade. Depois disso foi com a família para a cidade de Iquitos, no Peru, onde seu pai tinha outra mulher (era bígamo).

Fidelito, como era conhecido no Brasil, passou então boa parte da adolescência em terras peruanas, convivendo com três irmãos e suas mães - porque o pai fugiu das duas esposas e foi para Cuba. No começo da década de 50, Fidelito foi parar em Cuba, não se sabe por quê, e acabou liderando a revolução socialista de 1959.

O fato só não pôde ser comprovado porque Che Guevara [um dos principais mentores da revolução cubana] e seus companheiros atearam fogo no cartório da cidade nos anos 60, onde estava a verdadeira certidão de nascimento de Fidel, para impedir que a conexão caipirinha-mojito viesse à tona e os cubanos descobrissem que seu maior líder era, na verdade, um tupiniquim.






Foto de arquivo de Delfina, a suposta mãe verdadeira de Fidel, e Angel Castro, o pai bígamo
O pesquisador Edílson Silva Oliveira é o mentor da tese do Fidel brasileiro. Ele conta que ouvia histórias sobre os parentes de Fidelito desde que tinha sete anos de idade e resolveu investigar a fundo a informação. E foi tão a fundo que hoje tem duas certezas na vida: que um dia vai morrer, e que Fidel Castro é tão brasileiro quanto Policarpo Quaresma, o famoso personagem de Lima Barreto.



A notícia contagiou de tal forma a cidade que uma banda local chamada "Quero Mais" criou uma música que conta a história sobre o Fidel brasileiro e suas andanças por Tracuateua.



Clique aqui para escutar o hit "Origens de Fidel".



A teoria de Oliveira, no entanto, não bate com os dados históricos colhidos pela pesquisadora carioca Cláudia Furiati, autora de única biografia autorizada de Fidel. Em entrevista ao G1, ela disse que "a história do Fidel brasileiro parece bastante interessante e fantasiosa, mas colide com alguns dados históricos".

Furiati diz ter encontrado duas certidões de nascimento do líder cubano. A primeira aponta o nascimento no dia 13 de agosto de 1927 na provínivia de Cueto, em Cuba. A segunda, com data posterior, teria sido feita sob encomenda para que Fidel passasse uma séria na frente dos colegas de classe.

Ela não encontrou nenhum indício que desse suporte à teoria de Oliveira. Mas não rejeitou completamente essa hipótese. "Não vi registros de passagens de Fidel pelo Brasil em sua infância, mas isso pode ter acontecido."



Exame de DNA

Com base em depoimentos de supostos parentes e um par de fotos antigas de Fidel, Edílson enviou um pedido de exame de DNA à Universidade Federal do Pará (UFP) em março do ano passado. Ele queria provar sua tese comparando o DNA de um suposto tio do ditador chamado Dagoberto, que morava em Tracuateua. Mas este morreu pouco tempo depois que o pedido foi feito, e o exame não pôde ser realizado.

"Ele (Edílson) pediu algo que não tem o menor fundamento histórico. E quer provar a relação de parentesco de pessoas que não querem, nem estão interessadas, em comprovar tal parentesco. É apenas uma esquisitice", diz o professor Sidney Santos, professor de Genética Humana da UFP, claramente mal-humorado por ter de falar novamente sobre o caso.

Ele afirma que já cansou de receber telefones de jornalistas que ligam de todo o Brasil e do exterior para saber da história do Fidelito, e tem uma opinião muito clara sobre a possibilidade de Fidel ser brasileiro. "Acho que o nome correto para isso é sandice."



Fidel Castro não aparece em público há seis meses. Ele passou o poder em 2006 para seu irmão, Raul Castro, depois de ter se submetido a uma delicada operação.



Clique aqui para entender os problemas de saúde de Fidel.



As declarações oficiais mais recentes sobre o estado do líder cubano vêm do presidente do Parlamento, Ricardo Alarcon. Ele afirmou, na semana passada, que Fidel, de 80 anos de idade, se recupera "muito bem".




Segurança para os mortos


A possibilidade de o ditador ser brasileiro chegou aos ouvidos da imprensa internacional, e espanhóis, japoneses entre outros desembarcaram no Pará atrás de entrevistas com os envolvidos. O periódico catalão "La Vanguardia" chegou a publicar uma reportagem sobre o caso, mas o jornalista deixou claro que a história "do reino encantado da Fidelândia", como chamou em seu texto, é completamente inverossímil. E diz que Edílson é o principal responsável por este "delírio tropical".

"Os japoneses vieram de Tóquio e só chegaram depois de quatro dias de viagem. O problema é que, assim que chegaram, o Dagoberto morreu, e eles não conseguiram fazer a matéria", conta Edílson.

A morte de Dagoberto, aos 102 anos, jogou por terra a possibilidade de um exame de DNA imediato, mas não abalou a fé do pesquisador. Já pensando numa futura exumação do corpo, ele decidiu enviar um ofício ao Comando Geral da Polícia Militar do Pará, pedindo que seja providenciada "vigilância permanente no cemitério" para garantir a segurança dos restos mortais de Dagoberto. E explica seus motivos:



"[Solicito] pela importante razão de que os restos poderão sumir e isso modificaria a história da origem daquele Líder Cubano [Fidel Castro]."



É o Fidelito, é o Fidelito!

Sobre a infância de Fidel, Edílson garante que era das mais felizes.

"Ele uma criança que vivia às margens de um rio, era cuidado por uma babá, passeava de canoa e brincava nos campos. Falava português, mas depois passou para o 'portunhol', já que foi para o Peru aos 3 anos e 6 meses de vida. Vivia feliz", conta o paraense.




Imagem de Fidelito no Peru; ao lado, uma carta que teria escrito para seus parentes de Tracuateua
Ele diz que a cidade ficou apavorada quando soube, em 1959, que o inocente e feliz Fidelito havia se transformado em um "ser sanguinário".

"De repente mandaram umas cartas para o Brasil, pouco depois da revolução de 1959, dizendo que o Fidelito era o máximo líder da revolução cubana. Aí ficaram desesperados aqui na cidade. As pessoas viam as fotos e gritavam: é o Fidelito, é o Fidelito!"


"Não dava para acreditar que fosse ele", continua Edílson, "até que mostraram as cenas das pessoas sendo fuziladas lá em Cuba. As imagens eram da revista Cruzeiro e o texto dizia que Fidel era assassino e sanguinário. Aí todo mundo ficou com medo e houve uma debandada geral em Tracuateua. Cada um foi para um lado", completa.



Tudo por Nova Fidel

Edílson candidatou-se a deputado estadual pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) em 2006, mas não conseguiu se eleger apesar do atraente bordão que usou para amealhar votos dos eleitores: "De Tracuateua para Nova Fidel".

"Quero mudar o nome [da cidade] para que Tracuateua fique conhecida nacionalmente e internacionalmente. Isso provocaria o aumento de turistas na região, geraria renda e garantiria centenas de empregos à população", diz o pesquisador, que conta com apoio de políticos locais para colocar em prática seu projeto.

Em seus planos, uma estátua gigante do ditador seria erguida e haveria um caminho turístico que levaria o visitante até as raízes brasileiras de Fidel - a casa onde morou, a escola que freqüentou, o rio onde nadava, etc.

Com a morte de Dagoberto, sua missão ficou mais difícil, mas ele garante que não desistirá. Até porque, se depender de Fidel, o parentesco nunca será reconhecido.

"Fidel nega sua real nacionalidade em função de sua luta pelo povo cubano. Ele saiu do Brasil, via Peru, para salvar os cubanos da tirania americana, razão pela qual o povo deu a este herói a cidadania cubana. Por isso ele jamais poderá dizer que é brasileiro", explica Edílson.

De todas formas, mesmo que não consiga transformar Tracuateua em um parque temático de Fidel Castro, a iniciativa de mudar o nome da cidade pode produzir um movimento positivo.

Afinal, Tracuateua, em língua indígena, significa "formiga de bunda grande".

Anônimo,  11:05  

Convenhamos, é um absurdo a prefeitura dar dinheiro para bancar a saúde da Capsema. Desse jeito, até a Unimed teria direito a repasse, já que atende muita gente que não usa a saúde municipal.

Anônimo,  13:11  

Enquanto o povo morre nas filas dos hospitais, a maior parcela dos servidores públicos são privilegiados com uma saúde de primeiro mundo paga com o dinheiro público e com o dinheiro de outros servidores públicos. É uma vergonha! O dinheiro público deve ser gasto em benefício de todos os cidadãos. Será que esses servidores privilegiados, imoral e ilegalmente, quando morre um coitadinho qualquer na fila dos hospitais, têm dó de alguém? Lógico que não. Eles só pensam em si mesmo. Mas, eu aposto que para gastar com pagode, sinuca, ceveja e mulher eles têm grana. Quanto à questão dos pacientes com câncer, com aids, com diabetes e com outras doenças graves, só os servidores que têm problema. E o pessoal do SUS? Essa é a política do CARACU. Eles entram com a cara e o povo com o resto. Parabéns ao prefeito por acabar com essa imoralidade.

Anônimo,  13:15  

O prefeito está certo em acabar com essa festa com o dinheiro público. A Prefeitura pode custear, com o dinheiro público, plano de saúde para um trabalhador particular? Claro que não pode? Se não pode, por que estabelecer esse privilégio vergonhoso em favor dos "servidores" públicos. Pimenta no olho dos outros é refresco. Quando morrem pacientes na fila do SUS nenhum desses "servidores" vem falar de injustiça. Esses caras são muito folgados, essa é a grande verdade.

Anônimo,  13:27  

Os CCs do prefeito estão a toda hoje, hein...

por que não se identificam?

têm medo do quê?

Anônimo,  21:24  

O não repasse do dinheiro para capesema só tem um motivo: vai sobra mais para o bolso da CCZADA, FAMILIA BARROS, OS VEREADORES VENDIDOS DE MGÁ.... Mas agora é Silvio,rsrsrsrs......

Anônimo,  07:44  

Pena que o prefeito não usa a Capsema nem o Sus. Ele é deus (minísculo mesmo) e os deuses do olimpo não usam isso.

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