O fenômeno John!

Por VALCIR JOSÉ MARTINS:

É impressionante como, passados tantos anos de sua morte física, John, o Lennon continua mobilizando tantos fãs, assim como os seus outros três parceiros que formaram um dos maiores fenômenos musicais do Planeta, os Beatles.
Podemos fazer, guardadas as devidas proporções, uma analogia entre a popularidade e a capacidade de aglutinação de Lennon, com um outro John, o quase eterno Presidente da Câmara Municipal de Maringá. Aqui o nosso John formaria um conjunto com nove companheiros, e o apelo desses teria sido tão forte que o fez mudar de idéia e, na última hora, concorrer e ter o seu nome homologado mais uma vez para Presidência do legislativo municipal.
John não queria ser candidato, e disso todos os maringaenses com acesso a rádio, jornal, televisão são testemunhas.Ele declarou várias vezes, inclusive poucas horas antes da eleição, em programa de grande audiência, cujos apresentadores externaram opiniões de que eleição da câmara municipal não interessa ao povo, que não era candidato, que não tinha interesse.
Sabe-se agora que o apelo dos companheiros foi um quase ultimato que o sensibilizou. Se com Lennon eram três companheiros, aqui o conjunto é formado pelo triplo e certamente os nossos representantes, legalmente constituídos, a despeito da opinião pública, pensaram que para o bem da comunidade, era impositiva a reeleição John.
Ele não queria, e não venham dizer que isso não era verdade. Quem assim pensar estará acusando o Presidente, pois faltar com a verdade é caso de falta de decoro parlamentar, que já levou até à cassação de um Senador. Somos forçados a acreditar que foi realmente o apelo forte dos companheiros e como sabemos muitos homens públicos, na sua obstinada preocupação com os interesses dos eleitores, não são, na maioria das vezes, senhores dos seus destinos.
Quem seriam os articuladores do convencimento de John? Mario Hossokawa? Edith Dias? Zebrão? Vejam a força do grupo. Até Walter Viana, que era tido como um vereador de oposição sucumbiu aos argumentos. De bom senso, Dorival Dias e o Guerlles, teriam articulado, com Fogueteiro, Altamir, Mario Verri, Marly, e Humberto Henrique, Viana, uma chapa alternativa, que só não teria vingado, por deserção do último, misteriosamente.
Na eleição era visível a tensão de John e o nervosismo fez com que ele agisse com rigor contra um rapaz que, inconvenientemente, foi lembrar de fato que não vinha ao caso naquele instante, e cometesse um ato falho, demonstrando um certo preconceito contra o PT, partido do qual o seu PMDB é aliado nacionalmente.
É! O nome John é um fenômeno de popularidade, seja qual for o sobrenome.
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(*) Valcir José Martins, administrador, Maringá, PR