Coluna do Ronaldo Nezo (sábado)
Refletindo
Dia desses meu filho queria saber o motivo de tantos programas infantis falarem em natureza, meio ambiente, necessidade de preservação... Ele lembrou que até músicas infantis abordam o tema.
Não tenho acompanhado essas discussões. Mas fico satisfeito em ver que há iniciativas na tevê que tentam estimular nossas crianças a olhar para a natureza com uma preocupação que hoje não temos. Não fomos formados para defender as questões ambientais. Hoje sofremos as conseqüências.
Contudo, a ausência de formação sobre a causa ambiental não tira de nós a responsabilidade de pensar sobre o assunto. Cá com meus botões, incomodo-me todas as vezes que observo alguém jogar uma bituca de cigarro no asfalto, um papel ou uma latinha de bebida em qualquer canto de nossas ruas e avenidas.
São nessas pequenas coisas que revelamos se estamos ou não preocupados com a causa ambiental. Cuidar da natureza não é coisa apenas das empresas. Temos que nos ligar na necessidade de separar o lixo, de não jogar entulhos – grandes ou pequenos – em locais inadequados, de impedir a contaminação de córregos e rios etc.
Nem sempre fazemos isso. Quase sempre, as pessoas transferem a responsabilidade pelo cuidado com a natureza para os órgãos governamentais. Entretanto, quando uma árvore causa uma rachadura na calçada, o primeiro pensamento é retirá-la.
Há necessidade de uma compreensão coletiva que são os pequenos atos que fazem a diferença. Essa é a única garantia que temos de estabilizar a tendência de elevação das temperaturas e da escassez de água potável.
Discurso
“Dado concreto”, “nunca na história deste país”, “conven-cido”, “mágica na economia” e “revolução na educação”. Essas são algumas expressões co-muns nos discursos do presi-dente Lula.
Levantamento
A Folha de São Paulo foi responsável por identificar que Lula utiliza esses termos em praticamente todas as suas falas. Para isso, estudou mais de 1,1 mil discursos do presidente.
Comum
O discurso do presidente re-lete a linguagem comum do PT. O partido, quando está no poder, sempre prega que está revolucionando esse ou aquele setor.
Salário
O ano termina e cerca de 95% dos municípios do Paraná conseguiram pagar em dia o 13º salário. O dado é positivo, prin-cipalmente se levarmos em con-sideração as limitações de receita dos municípios.
Dinheiro
Na opinião de Luiz Sorvos, presidente da Associação dos Municípios do Paraná, os prefeitos aprenderam a administrar os poucos recursos disponíveis e agora conseguem até “fazer milagre”.
Participação
A principal reclamação do presidente da AMP é a injusta distribuição dos recursos arre-cadados por meio de impostos e contribuições. Atualmente, as prefeituras têm acesso a 14% do total arrecadado. Esse percentual, no passado, já foi superior a 20%.
Dificuldade
A concentração de recursos nas mãos de estados e União torna tudo mais difícil para as prefeituras. A lógica teria que ser inversa: os municípios deveriam gerir a maior parte do bolo orçamentário.
Mendicância
Conforme o senador Flávio Arns, ao manter boa parte dos recursos arrecadados nas mãos da União, os prefeitos são obrigados a mendigar dinheiro junto aos deputados e senadores.
Emendas
Na opinião de Arns, se os municípios tivessem direito a um per-centual maior dos impostos arrecadados, não haveria necessidade de os prefeitos negociarem emendas com os parlamentares.
Corrupção
O senador petista entende que esse tipo de negociação quase sempre é viciado e permite a ma-nutenção de um sistema corrupto, com o desvio de recursos obtidos através das emendas parla-mentares.
Projeto
A mudança na lógica de distribuição orçamentária pode ser feita através de um novo pacto federativo. Outra saída seria a aprovação do projeto do senador Osmar Dias que prevê a dis-tribuição de 10% dos recursos arrecadados pela União através das contribuições – CPMF, por exemplo. Atualmente, tudo fica nas mãos do governo federal.
Milagre
E já que falei em milagre na administração de recursos, que tal o feito do presidente da Câ-mara de Apucarana, João Carlos de Oliveira? Ele conseguiu neste ano economizar 30% do Legisla-tivo daquela cidade.
Orçamento
Oliveira tinha em mãos cerca de R$ 3,5 milhões para gastar. Reformou e ampliou em mais de 200 metros o prédio do Legislativo, pagou funcionários, despesas, o salário de R$ 4.750,00 dos vereadores e ainda devolveu R$ 1 milhão.
Exemplo
Se a Câmara de Maringá conseguisse economizar o mesmo percentual do orçamento, a devolução de recursos para a prefeitura local não teria sido de R$ 520 mil. O tamanho da economia seria bem maior: R$ 2,7 milhões.
Escalado
Contador de profissão, João Carlos de Oliveira deixa a Câmara de Apucarana neste final de ano. Ele foi convidado para assumir a Secretaria de Fazenda.
Joba
E quem volta secretariado de Pegorer é o ex-vereador João Batista Beltrame.
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