16.12.06

Coluna do Ronaldo Nezo (sábado)

Refletindo...
Embora não concorde, o maringaense está se acostumando ao sobe e desce dos combustíveis na cidade. Do mesmo jeito que as pessoas são surpreendidas com “promoções” que reduzem os preços em mais 15%; os aumentos acontecem de uma hora para outra. O consumidor reclama, mas não chega a pensar em dar uns “tapas” no dono do posto.
Na prática, essas mudanças já não incomodam tanto. Até mesmo os preços tornam-se aceitáveis, porque noutras cidades a diferença de valores não é tão expressiva. O que intriga mesmo é o alinhamento de preços. Quando há “promoções”, todos os postos trabalham com valores muito semelhantes (as diferenças nunca são superiores a R$ 0,03). Quando acontece uma alta, elas se dão de forma simultânea e o tudo volta a ficar igual.
Essa ausência de justificativa para a prática de preços tão próximos, reduções e aumentos simultâneos coloca em dúvida a capacidade e a autoridade dos órgãos de fiscalização e controle. O maringaense reclama do problema há anos, mas nunca recebeu uma resposta convincente sobre o que acontece. Vez ou outra, o Ministério Público chia, faz um certo barulho e, dias depois, volta tudo ao normal e ninguém fala mais sobre o assunto.
O Procon já jogou a toalha; a imprensa, ao tratar do tema, só fala sobre o preço, mas nunca conseguiu romper com a caixa preta do setor de combustíveis. Aos cidadãos de bem, inconformados com a questão, resta colocar as barbas de molho e tentar acreditar que tudo não passa de uma infeliz coincidência.

Espera
A falta de respeito com o cliente é grande nas agências bancárias. Nesta semana, um rapaz chegou a ficar quatro horas na fila esperando para ser atendido.

Nada a fazer
Pior é que o cidadão é impotente diante das instituições financeiras. Os bancos fazem o que querem e não há como reagir. Eles estão acima do bem e do mal.

Procon
O órgão de defesa do consumidor notifica e multa, mas até hoje, em Maringá, nenhuma multa foi revertida em dinheiro. Os bancos recorrem em todas as instâncias e, com o poder de fogo que possuem, conseguem evitar a punição.

Reconhecer
O pior de tudo é que nós, pobres mortais, só temos uma saída: reconhecer que nada somos ou podemos fazer diante dos poderosos.

Pela metade
O vereador Odair Fogueteiro propôs e a câmara apro-vou a redução da taxa cobrada por ocupação de mesas nas calçadas. O custo/ano por mesa era de pouco mais de R$ 90,00. Na prática, cerca de R$ 0,26 centavos/dia – menos que o lucro obtido com a venda de uma cerveja.

Direito
Embora os comerciantes tenham todo direito de reclamar da taxa, não há justiça social na iniciativa. Quem aluga um salão, para montar um negócio qualquer, contrata o espaço físico do prédio. Ninguém faz a locação para uso da calçada.

Resumindo
A calçada é pública e foi projetada para uso do pedestre. Logo, quem tem um bar ou restaurante e uti-liza a calçada para disponibilizar mesas para seus clientes, deveria pagar pelo espaço físi-co que ocupa. O cálculo deveria ser feito com base no aluguel que o locatário paga para o dono do prédio – levando-se em conta o que representa cada metro quadrado.

Mais caro
Se isso fosse feito, os comerciantes pagariam ainda mais pela ocupação do pas-seio público. Seria mais justo e não veríamos tantas calçadas cheias de mesa, atrapalhando quem circula a pé pela cidade.

Kibe Loco
Deu no blog mais conhecido do país: Um professor de educação artística foi afastado da escola onde leciona depois que foi descoberto utilizando uma técnica não usual para pintar. Stephen Murmer usava o bumbum para fazer suas obras. Um porta-voz da escola explicou que os professores devem dar exemplo para os estudantes.

John, presidente
O vereador Mário Hossokawa, que é do mesmo partido de John Alves Correa, confirmou aquilo que todo mundo suspeitava: o presidente da câmara é candidatíssimo ao quarto mandato.

Conversa fiada
Segundo Hossokawa, John diz uma coisa para a imprensa (que não será candidato), mas nos bastidores trabalha para garantir mais um mandato.

Bom senso
O vice presidente da câmara espera que John tenha um pouco de bom senso e abra espaço para outros compa-nheiros disputarem o cargo.

De saída
Ontem foi dia de alguns secretários anunciarem que deixam o governo municipal já no final deste mês. Roberto Nagahama (Esportes), Norma Defune (Educação) e Henri Jean Viana (Comunicação) estão fora da administração.

Estratégia
Para ter Walter Guerlles na Secretaria de Transportes, o prefeito Silvio Barros deverá nomear Umberto Becker para o Esporte. Ele prefere não assumir o risco de Becker voltar à Câmara de Maringá.

De graça
Veja aí que beleza: a prefeitura de Maringá está criando uma versão local do Prouni - Programa Universidade para Todos. Quem ganha menos de três salários mínimos poderá ter o curso superior pago pe-los cofres públicos. Entre-tanto, nada é de graça. Os beneficiados deverão pagar o município prestando serviços à comunidade.

3 pitacos:

Anônimo,  08:23  

O PROMUB nada mais é do que o pagamento de divida de campanha. Vejam quem são os financiadores das campanhas destas pessoas e vejam também quem são os empresários que serão benefeciados com o desconto de ISSQN.
Enquanto faltam vagas em creches e faltam investimentos no ensino básico do Município o prefeito resolveu investir numa área que não é responsabilidade do Município. Compete ao Estado e à União tais investimentos.
Tem muito cinismo na política e a população é conivente demais com estes políticos pilantras.

Anônimo,  08:46  

Voce comenta sobre os bancos e as filas, e que o Procon ja multou e pressionou e nada, o Procon de antigamente pois esse de agpora aí, é como cordeeirinho, é mais de defesa do comerciante, e nao do consumidor

Anônimo,  11:08  

Sobre o preço dos combustíveis é só denunciar o predidente do Sindicato Patronal que representa os postos de combustíveis, Fregonesi. Se a polícia federal se interessar, vai achar muita sacanagem ligada a esse senhor.

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