Mosaico (terça)

Uma questão
Quem matou o auditor da Receita Federal José Antonio Sevilha de Souza, pouco mais de um ano atrás, sabia que estava matando junto o Porto Seco e, portanto, a área de comércio exterior em Maringá?

Custo 1
Depois dos escândalos de caixa dois, quem acredita em prestação de contas de políticos?
Se você acredita, então pode acompanhar os números abaixo.

Custo 2
A se acreditar na prestação de contas dos políticos maringaenses, o deputado eleito com o menor custo de campanha foi o dr. Batista (PMN).
Ele declarou ter gasto R$ 2.850,00 nesta campanha, e como recebeu 26.714 votos, cada voto recebido custou apenas R$ 0,10.

Custo 3
A seguir, o voto mais barato foi o de Ricardo Barros (PP), que declarou ter gasto R$ 109.797,00 (não se sabe se aí estão incluídas as revistas e os outdoors em cromo total). Cada um dos seus 130.855 votos custou R$ 0,84.
Sua mulher, Cida (PP), declarou ter gasto R$ 68.287,91 (em setembro, porque em agosto ela informou não ter gasto um tostão). Assim, cada um de seus 66.492 votos teve um custo de R$ 1,02.

Custo 4
Luiz Nishimori (PSDB) vem a seguir. Cada voto que recebeu (foram 45.242) custou R$ 1,33. Ele declarou ter gasto R$ 60.352,42 nesta campanha eleitoral.
Enio Verri (PT) declarou ter gasto R$ 54.417,95, o que permite dizer que cada voto que recebeu (foram 36.800) custou R$ 1,47.

Custo 5
Ainda baseando-se nos dados que os próprios candidatos forneceram à Justiça Eleitoral, o voto mais caro deste pleito foi do deputado Odílio Balbinotti (PMDB).
Ele declarou ter gastado R$ 654.282,65 nos dois meses de campanha. Como recebeu 116.398 votos, cada um deles custou R$ 5,62. A diferença entre o custo/voto de Balbinotti e de Ricardo é de R$ 4,79. Acho que um dos dois enganou-se na hora de prestar contas à Justiça Eleitoral.



Custo 6
Um dos menores custos de voto foi do ex-prefeito João Ivo Caleffi (PT, foto), considerado a grande surpresa da campanha mesmo não tendo sido eleito.
Ele declarou ter gastado R$ 15.093,65 – e, como fez 49.121 votos, cada um deles custou R$ 0,30.

Falador
Chegaram às mãos – quer dizer, aos ouvidos - da assessoria do governador Roberto Requião as últimas declarações de Silvio II sobre o resultado do segundo turno.

Perda
O falecimento de Maurílio Correia Pinho leva parte da memória empresarial e política da cidade.
Muitíssimo bem humorado e de espírito bonachão, Maurício foi um dos maiores construtores da cidade, criando o Cidade Alta, Borba Gato e Karina, entre muitos outros.

Episódio
Maurílio foi presidente da câmara no único mandato de vereador que teve (1977-1983). Legislou ao lado de Ferrari Júnior, Bernardelli, Carlos Alberto de Paula, Kazumi Taguchi, só fera.
Na campanha seguinte, acreditando-se reeleito, começou a pedir voto para os amigos. Aí, perdeu.

Nos EUA
Há pelo menos 30 candidatos luso-americanos a uma vaga no Congresso dos Estados Unidos e nas legislaturas estaduais, nas eleições gerais que acontecem hoje.
No distrito Cape and Islands, por exempolo, um dos candidatos é Ricardo Barros, de Cabo Verde.

Refis
Se em Maringá nem com lei o Refis é feito, em Goioerê é diferente.
Esta semana os vereadores votam projeto do prefeito Fuad Kfuri que prevê desconto de 100% dos juros e multas para pagamento de IPTU e outros tributos inscritos em dívida ativa.

Coragem
Líder do governador na Assembléia Legislativa e presidente do PMDB paranaense, o deputado Dobrandino da Silva anunciou que vai disputar novamente a prefeitura de Foz do Iguaçu.
Na semana passada ele teria dito, voltando-se ao eleitorado de Foz: “Vocês vão passar dois anos comendo merda e eu vou voltar como salvador da pátria”.



Ar puro
Bem na entrada do distrito de Floriano há um protesto contra o mau cheiro exalado do frigorífico Solabia, que exporta muitos produtos para o exterior. "Quremos ar puro", diz uma das faixas penduradas na cerca do Molivi, defronte a rodovia Maringá-Campo Mourão.

Trova
"Pé-de-chumbo" é aquele cara
que afunda o pé no pedal;
quando precisa, não pára,
vai parar... lá no hospital!
(Cristiane Brotto)