Primeiro escalão foi grampeado

O esquema de escutas telefônicas ilegais no Paraná, descoberto no início deste mês, chegou ao Palácio Iguaçu. Documento entregue ontem à reportagem da Gazeta do Povo inclui gravações feitas, a partir de 2004, de telefonemas de funcionários do governo do Estado, inclusive do primeiro escalão, que seriam vítimas de interceptações telefônicas. O material foi enviado anonimamente à reportagem pelos Correios e será agora encaminhado pelo departamento jurídico do jornal ao Ministério Público Estadual.
Entre as autoridades que tiveram suas ligações gravadas, estão os secretários estaduais da Fazenda, Heron Arzua; o do Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, e o da Comunicação Social, Aírton Pissetti, que estão licenciados em razão da campanha eleitoral. As gravações incluem ainda o empresário da comunicação Paulo Pimentel, na época em que era presidente da Copel; o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda; o ex-presidente da Cohapar, Luiz Cláudio Romanelli, e o atual presidente da Sanepar, Stênio Jacob. Segundo o documento, parlamentares paranaenses também foram gravados: o deputado federal Max Rosenmann (PMDB) e os estaduais Miltinho Puppio (PSDB), Nélson Garcia (PSDB), Antônio Anibelli (PMDB) e Mário Sérgio Bradock (PMDB). Todos eles foram ouvidos pela reportagem, e alguns afirmaram já saber que foram vítimas de grampo telefônico.
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