15.9.06

A justiça é rápida contra mulheres

Por MARIA NEWNUM

Em Maringá, no Estado do Paraná – Brasil a justiça foi de agilidade ímpar contra uma vereadora, condenando-a a 4 anos de reclusão, além de indenização de em dinheiro. Para a população, ficou um lamento: A pena de reclusão foi substituída por prestação de serviços comunitários. Não pareceu muito justo. Por apropriar-se da maior parte do salário da ex-assessora, a vereadora, como outros que vereadores homens que cometem esse tipo de crime no Brasil, deveria ficar reclusa em prisão agrícola.
É preciso romper com o modelo prisional que obriga cidadãos que trabalham honestamente a arcar com altos custos de infratores que passam o dia sem fazer nada nos presídios. E também evitar que as penas alternativas privilegiem bandidos de colarinho branco.
O juiz da 4a Vara Criminal de Maringá foi eficiente. O processo contra a mulher levou menos que 3 meses para conclusão. Ela foi ouvida em junho e sentença decretada em 13 de setembro.
O fato é que na mesma câmara houve denúncia contra o presidente, envolvendo a compra de laptops superfaturados e sem licitação. Nem mesmo a determinação do Ministério Público foi capaz de abalar a tranqüilidade do homem máximo do poder legislativo da cidade. Esse caso está prestes há completar 2 anos.
É ótimo ver a justiça sendo feita. Mas será engano ou ela é mais rápida “contra” as mulheres? A justiça em Maringá como em outras cidades do Brasil é feita pelos homens.
O homem juiz fez o certo. Agora a população esperar ver a justiça pairando sobre o homem ou os homens da Câmara Municipal e sobre a jornalista Rose Leonel.
Há quase um ano filmes e fotos nuas que a jornalista fez para o ex circulam pela internet. Ela efetivou denúncia em fevereiro, a audiência só foi marcada para 22 de setembro próximo. Enquanto isso perdeu o emprego e sofre dia-a-dia vexame perante o filho, a filha, o pai, a mãe e a sociedade. Será que Rose Leonel ao menos ganhará o consolo de “mulher cega”: A justiça?
Qual é o símbolo magistral da justiça? “Uma mulher, com os olhos vendados”. Ora vejam! Uma mulher, traduzindo e ilustrando o sentido sagrado do que é direito.
A justiça não vê gênero, raça nem posição de poder. A justiça, como mulher bondosa é cega, julga a todos e a todas de igual modo; traz o bem e o julgo sem olhar a quem. Que grandiosidade.
A mulher cega guiará o juiz homem, filho de mulher, pai de mulher, amado por uma mulher. Um homem especial, como muitos. Felizmente os iguais ao ex de Rose, são minoria.
No dia 22 de setembro, Maringá e o Brasil poderá constatar se a justiça como “mulher cega”, age com rigor, imparcialidade, retidão e rapidez apenas em casos contra a mulher ou também nos em favor dela.
O juiz poderá inclusive abrir precedente jurídico sobre os casos de crimes na internet no Brasil. Por isso, as atenções de Maringá, do Brasil, quiçá do mundo, estarão voltados para esse homem que também é filho, marido, pai e espera-se, fiel companheiro da “mulher cega”.
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(*) Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e Coordenadora da Spiritual care Consultoria.Outros artigos de Maria,
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3 pitacos:

Anônimo,  09:19  

Querida Maria:
O processo foi celere, simplesmente por serem muito claras e evidentes as provas, sendo que as testenhunhas confirmaram o conteúdo da gravação, não restando mais nada ao Juiz que não fosse prolatar a sentença.
Os outros processos contra vereadores homens tiveram e tem o trâmite demora em virtude das provas que foram e têm sido necessárias de serem produzidas.
Só isto. Não tem nada haver com ser mulher ou homem.

Anônimo,  16:18  

É que a justiça quando se trata de mulheres, tem ejaculação precoce...

Anônimo,  09:15  

Prezado rhoger,
Obrigado pelo comentário,
Me desculpe discordar. Para pegar o exemplo dos computadores, as provas noticiadas inclusive pela imprensa local sâo suficiente: falta de licitaçâo e consulta aos demmisv ereadores , superfaturamente e as notas ...e açâo do MP. O que falta?
Saudaçôes,
Maria

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