27.9.06

"Foi uma fria"

Matéria de Fábio Linardi sobre os maringaenses em Vila de Rei, publicada hoje em O Diário:

Metade das quatro famílias de Maringá que se mudaram em maio para Vila de Rei, em Portugal, abandonou a cidade portuguesa. Os imigrantes foram selecionados em um projeto de parceria entre o Provopar de Maringá e a prefeitura de Vila de Rei, que oferecia moradia e emprego.
Parentes que estão em Maringá contam que a realidade encontrada pelos imigrantes não é a prometida. "Foi uma fria essa mudança, acho que não passou de politicagem. Eles estão juntando dinheiro para voltar", conta o funcionário público Mauro Francisco Delfino, pai de Regiane Delfino Padilha, 19 anos. Regiane abandonou Vila de Rei junto com o marido, Daniel, 25, e a cunhada Daiane, 20. O casal vendeu todos os móveis e eletrodomésticos para dar entrada na compra das passagens.
"Não foi nada de graça. Parecia que ia ser mil maravilhas, mas até a passagem teve de ser paga." Cada passagem de ida custou, aproximadamente, R$ 3 mil.
Os brasileiros perceberam, logo na chegada, que a situação não era a esperada. O abrigo destinado para os 15 imigrantes não tinha geladeira nem fogão. No mesmo dia, os maringaenses descobriram que não haveria refeição de graça, muito menos emprego garantido.
Após três semanas desempregados em Vila de Rei, os três integrantes da família Padilha conseguiram emprego em um restaurante, por um salário de 400 euros - aproximadamente R$ 1.040. O expediente começava às 8 horas da manhã e terminava às 2 horas da madrugada. (...)
Hoje os Padilha estão em outra cidade de Portugal. Daniel trabalha como pintor, Regiane faz a limpeza de uma academia e Daiane é babá. O salário médio de cada um dos três é 600 euros e a jornada de trabalho não chega a oito horas diárias.
O casal Adélia e Pedro Oliveira são os outros brasileiros que se mudaram de Vila de Rei. Adélia conseguiu trabalho como cabeleireira em um salão de uma cidade vizinha.
A prefeita de Vila de Rei, Irene Barata, declarou à imprensa portuguesa que as famílias de Maringá "sabiam em que condições vinham". Irene acrescenta que os brasileiros assinaram contrato sabendo que receberiam salário mínimo.

2 pitacos:

Anônimo,  10:17  

Um amigo foi para Portugal e sofreu muito. Em Portugal tratam os brasileiros como escravos.

Ele está na espanha muito melhor....

Anônimo,  21:07  

Será que sabiam ?

Não acredito nesta história para boi dormir !

Mas, agora é Sílvio !!!

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