O que acontece com o senador?

Osmar Dias só vota em Maringá. Não tem maiores ligações com a cidade. Tem com os financiadores, tem com a Cocamar. No mais, deixa a desejar. Não participa.
A ausência de Osmar Dias dos assuntos da cidade o fez apoiar Silvio II e agarrar firme a mão de Ricardo em 2004. O mesmo Ricardo de quem ele dizia jocosamente que usava sapatilhas e batom; o mesmo de quem ele fazia troça, tirando a carteira do bolso quando o outro passava por perto.
Mas ele é candidado a governador e não esboça reação para mudar sua relação com Maringá, com o que acontece na cidade e na região. Vejam duas situações que mostram esse distanciamento:

• Considerando que eleitoralmente seu berço é aqui, deveria ter exercido influência, mínima que fosse, na escolha do coordenador regional de sua campanha. Deixou que Ricardo Barros escolhesse. Barros escolheu José Roberto Ruiz, prefeito de Floresta. Além de ser do PP (por que não um coordenador que fosse do mesmo PDT do candidato a governador?), responde ações do Ministério Público por improbidade administrativa. Na semana que vem encerra-se mais um inquérito, que certamente lhe dará outra acusação de improbidade.
• Esta semana, além do fiasco de visitar apenas alguns órgãos de comunicação da cidade (numa campanha séria, o autor da brincadeira seria afastado), ao passar por Maringá, ele deu outro motivo forte para perder a eleição. O senador também esteve em Cianorte e lá sabe quem serviu de motorista para o candidato a governador do PDT de Brizola? Valter Bessani, ex-prefeito de Doutor Camargo, que, a exemplo de Ruiz, coleciona encrencas com a Justiça. O caso de Bessani é mais grave, pois somente no ano passado ele sofreu duas condenações em Maringá por improbidade; numa delas pegou mais de 7 anos de prisão, a ser cumprida na colônia penal agrícola. Esta semana foi novamente denunciado por ter desviado verba da saúde durante sua passagem pela prefeitura da pobre Camargo. Estaria Osmar querendo mesmo perder as eleições ao cometer tanta c(*)gada?