Protesto contra perseguição aos servidores
Maringá viveu, durante o último mês junho do corrente ano, a mais longa greve dos serviços públicos municipais de sua história. Terminada a greve, a situação não se normalizou. Dando continuidade à sua política de criminalizar o movimento sindical, a administração municipal, agora, abriu processo administrativo contra 32 servidores e, ainda, ameaça abrir outros. Sobre esses fatos, temos a dizer o que segue:
• Desde o início da greve, o Partido dos Trabalhadores, por intermédio de seus vereadores, colocou-se à disposição para ajudar a encontrar uma solução negociada, uma vez que era preciso devolver a normalidade do serviço público ao povo que mais precisa dele;
• A responsabilidade maior pela duração da greve, sem dúvida, foi da administração municipal, que obteve mandato nas urnas para resolver os problemas da cidade. Em vez de investir numa solução negociada, a administração preferiu levar a greve ao esgotamento e criminizá-la.
Passada a tempestade da greve, em vez de vir a paz, veio mais tormenta, representada pelos processos administrativos.
• Os fatos falam por si mesmos. Além de ter sido a mais longa paralisação da história dos servidores municipais de Maringá (a segunda maior durou 12 dias e a última apenas 4 dias úteis), foi a única greve por reajuste salarial que terminou sem negociação a despeito da Lei Orgânica do Município que garante o repasse anual do índice inflacionário já no mês de janeiro. A reivindicação, nesse sentido, além justa e legitimizada pela Lei Maior do nosso país, a Constituição Federal. Esta greve foi a primeira em que os servidores foram acusados de formação de quadrilha e execrados com pedido de prisão preventiva, requerimento providencialmente negado pelo Juiz. Em Maringá, nunca se viu uma greve municipal resultar na
instauração de processos administrativos.
• Por que administrações anteriores foram mais ágeis e hábeis na gestão de conflitos e esta prefere criminalizar o movimento sindical? Questões sindicais não são casos de polícia. Conflitos políticos devem ser resolvidos politicamente.
• Censurável em si mesmo, esse método de criminalização do movimento sindical vem sendo usado para “limpar o terreno” de manifestações de oposição de toda a natureza. Basta olhar a lista dos indiciados. É fato visível a olho nu o indiciamento das principais lideranças do sindicato,
além de servidoras e servidores que esposam divergência com a linha da administração.
• Salientam-se, por exemplo, as servidoras Patrícia Lofrano Zani, Iraídes Fernandes Baptistoni, presidente e secretária do Conselho Municipal da Educação, e de Maria da Conceição Franco, que foi gestora da Assessoria da Mulher no governo anterior. Servidoras que têm uma larga folha de prestação de serviço exemplar à comunidade maringaense. A participação na greve é apenas um pretexto para punir essas servidoras por divergirem publicamente de medidas adotadas pela atual administração. As duas primeiras lideraram a oposição à extinção das eleições diretas para diretores e diretoras das escolas, fato que estava na prerrogativa do Conselho da Educação. A última está sendo acusada de ter divulgado um manifesto relativo ao aumento de mortes maternas em 2005. Contudo, esse aumento já é objeto de investigação do Ministério Público.
• Quem ganha com essa “limpeza de terreno”? Ninguém. Perde, inclusive, a administração municipal, que terá sua imagem desgastada publicamente. Perde o povo de Maringá, usuário dos serviços públicos. A harmonia nas relações entre servidores e administradores é fundamental para a qualidade dos serviços prestados.
• Somos contrários à criminalização do movimento sindical e a esse processo de “limpeza de terreno”. Defendemos uma solução política e negociada, a melhor para os servidores, para a administração municipal e para o povo.
Rubem Almeida Mariano
Presidente - Executiva do PT de Maringá
14 pitacos:
embora o Pastor esteja com grande dose de razão nesse protesto contido no artigo, até porque a administração atual é ditadora como o foram os militares, entretanto, na administração petista tive a oportunidade de ver a mesma prática, e o que é pior: velada, por baixo do pano, dissimulada.
Então fica impossível pro povo acreditar nos políticos... Todos são iguais: cada um puxa saco de seu grupo, enquanto o povo... oh (top, top)...
Mas, anônimo, que este prefeito é um primor na perseguição, ah, isso ele é. Ele tem aquilo que os ditadores tinham:ódio a quem o contraria. trata-se de um menino de 12 anos de idade que a mãe não pode contrariar!
Na administração do PT houve greve sem negociação?
A greve durou 31 dias?
Houve criminalização da greve?
Ficou um delegado de plantão (um dia todo) dentro do Paço Municipal?
Houve INDICIAMENTO CRIMINAL de pessoas (como as 12 por esta administração PEPISTA)?
Houve PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (viciado) deliberado para DEMITIR (como elle mesmo disse em uma de suas reuniões a das quais foi vaiado)?
E ainda, corre o boato (acho que não é tão boato assim...) de INQUÉRITO POLICILAL (das 12 pessoas, entre elas as 3 citadas pelo presidente do PT) indiciadas que o juiz não deu prisão, devido ao absurdo proposto pelo próprio prefeito (já que o delegado ficou o dia todo na prefeitura no dia da ocupação do Paço)?
Pois é, são questionamentos que precisamos fazer quando fazemos comparações.
O Prefeito nega veementemente que não persegue politicamente ninguém, então por quê as pessoas da lista (os 32) na sua maioria são opositores politicos dele? são pessoas que lideram movimentos sociais contra os demandos do alcaide.
Lamento que a prática política em Maringá tenha chegado a este ponto.
Divergencias ideológicas e interesses eleitorais à parte, as pessoas que realmente desejam o desenvolvimento desta cidade estao cansadas e atentas a agrupamentos de acao politica que buscam no embate polarizado a visibilidade politica que nao conseguem na conducao de politicas publicas eficazes, que realmente suportem o espirito empreendedor dos que nasceram aqui ou adotaram esta terra como chapa para cultivar suas ideias e sonhos.
Sugiro a todos a leitura da revista Exame edição 872 de 19/07/2006 páginas 35 a 36.
A punição dos servidores, decretárá o isolamento político de SB II. Sua imagem esta muito desgastada, o pior é que quanto mais seus apoiadores se empenham em blindá-lo mais ainda aparece o seu lado incompetente. A mão de Ricardo Barros estão presente nas atitudes grotescas do SB II ante a greve.Tratou os servidores, que antes de tudo são maringaenses, como se fossem bandidos. Fugiu como fugiu seu irmão Ricardo que atualmente se encontra desmoralizado pela foto publicada na revista com o slogan " sonegação fiscal". Que vergonha.
FAMIGLIA EXECRADA BARROS... NUNCA MAIS! FORA! CHEGA!!!!!
Eu achei que elle era somente ruim, mas, me enganei. O Silvio é péssimo.
de fato nunca pensei assistir tamanha violênci simbólica devido uma greve em pleno século XXI, mas...
o PT demorou pra se manifestar em apoio aos funcionarios, talvez tentando preservaar sua imgem de futuro candidato, de mediador... nao queria tomar partido abertamente, e agora defende apenas os filiados...
todos os grevistas estão sofrendo ainda que emocionalmente... a cidade perde se os funcionarios perderem a esperança
Espírito empreendedor ?
Conhecemos bem quem usa expressões como esta...
Queremos distância desta raça de víboras !!!
Ao Willy Taguchi:
Quando você fala em agrupamento, quer dizer o do prefeito? Porque, ao meu ver, quem implementa Políticas Públicas é o poder público (que elle representa, apesar de fazer de conta que nada tem com isso).
Outra: Quando você fala em "dos que nasceram aqui ou adotaram esta terra como chapa para cultivar suas ideias e sonhos", pergunto:
1- Quem são os que nasceram aqui...e sonhos?
2- O que vem a ser CHAPA?
Interessante, ficamos sabendo que, dos 32:
- dez (10) são do PT (cinco deles, na "linha de frente", 4 professoras - primeiras portarias);
- treze (13) são da Educação.
Pergunto:
- Não há perseguição política?
- dona norma, caramba, além do 13 ser número do PT (eleitoralmente falando), sua pasta tinha que ganhar esse ranking?????
Duas respostas
- OS QUE NASCERAM AQUI OU ADOTARAM ESTA TERRA - é todo mundo que nasceu ou mudou para Maringa e aqui permanece.
- CHAPA - é erro de digitação da palavra CHÃO.
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Vê lá o que vai escrever! Evite agressão e preconceito. Eu não vou mais colocar xizinho; na dúvida, não libero o comentário.