Prefeito fala a servidores e é vaiado

Silvio II perdeu mais uma manhã conversando com os servidores, na tentativa de persuadi-los a não entrar novamente em greve. Das 8 às 9h40, acompanhado do fiel escudeiro Ulisses Maia (que será entronizado oficialmente como chefe de Gabinete possivelmente ainda hoje), ele falou para um auditório lotado.
Maia novamente mostrou slides de cópias de documentos, assegurando que a greve será considerada ilegal e que os descontos dos dias parados foram feitos por exigência da lei. Ele foi bastante vaiado e não concedeu espaço a perguntas.
Silvio II voltou a dizer que não poderia dar o aumento solicitado e informou que fez uma pesquisa com 500 usuários do sistema público de saúde (não informou qual o instituto, mas o pessoal imagina que é o DataVox, também conhecido como DataBarros), segundo a qual 70% da população está satisfeita com o servidor da saúde. Mostrou imagem do Google onde definia o que é terceirização e privatização, mas não conseguiu explanar porque ocorreram manifestações de vaias, também muitos levantavam suas mãos e pediam oportunidade e alguns arriscavam a pergunta mas não foram respondidas e também não cedeu em nenhum momento espaço para respostas.
O pessoal do Sindicato dos Servidores estava presente e distribuiu panfletos convocando à assembléia dia 29. A presidente Ana Pagamunici se manifestou algumas vezes, mas quando ela falava o pessoal do som aumentava muito o volume do microfone do prefeito. Foram exibidas imagens em fotos e vídeos feitos durante a greve, fotos de piquetes, vídeos de reportagens onde mostrava um estudante, não servidor, no piquete. Também mostraram fotos de portas quebradas e equipamentos.
Terminada a fala, Silvio II agradeceu e desligou o microfone e então foi vaiado. Algumas pessoas protestaram por que só o prefeito é quem falava. Numa de suas falas, quando as pessoas se manifestavam ele disse: "Durante a greve vocês falavam o que queriam no caminhão de som, agora é a minha vez¨. Esqueceu-se de um detalhe: durante a greve o microfone estava sempre aberto a quem quisesse usá-lo.