17.7.06

Nezo fala sobre os projetos que não saem do papel

Do blog do Ronaldo Nezo:

Enquanto ouvia notícia do projeto Domingo no Parque - que pretende atrair moradores de cidades vizinhas para Maringá, nos finais de semana -, pensava em projetos desenvolvidos por nossas entidades que acabam não saindo do papel.
Embora essas entidades sejam fundamentais para o desenvolvimento da cidade, noto que muita coisa que produzem não passa de badalação. São projetos que não têm continuidade, perdem o fôlego com o tempo ou simplesmente ficam engavetados.
Não consigo relacionar muitos desses projetos aqui neste espaço. Mas recordo que já fiz reportagens na Acim, no Conselho Comunitário de Segurança, no Codem e fiquei empolgado com algumas idéias. No entanto, até hoje não vi nada ser colocado em prática e, confesso: já não me lembro pelo que me empolguei.
Um projeto, que nada tem a ver com aspectos sociais, mas achei curioso foi o cartão de crédito pelo celular, criado pela Acim. No final do ano passado, empresários da cidade, representantes de empresa de telefonia e operadora de crédito, reuniram-se para lançar um sistema que permitiria as pessoas fazer o pagamento de contas pelo celular. O assunto ganhou as páginas dos jornais, saiu no rádio e na tevê, mas até hoje não vingou.
No caso do Conselho de Segurança, já ouvi dezenas de vezes coisas do tipo: substituir policiais que ocupam cargos burocráticos por civis - gente da comunidade -, e até hoje nada aconteceu.
Quanto ao Domingo no Parque, trata-se de mais uma proposta legal - que movimentaria Maringá e criaria alternativas de diversão para o próprio maringaense. Fica a expectativa que desta vez não seja mais um projeto apenas para ser falado na mídia.

(Oportuno: o Cidadão Digital foi lançado com barulhão, era para que todas as crianças nascidas aqui tivessem o próprio email já registrado no cartório. Tinha site na internet, ganhou as páginas dos grandes jornais.Era pura enganação. Apenas uma criança recebeu o tal email. Muitas vezes a Acim usa dinheiro público nesses projetos, que proliferaram especialmente nas quatro últimas gestões - personalísticas, cheias de ôba-ôba, que queriam mandar na cidade, nos vereadores e no prefeito sem botar a cara pra bater numa eleição. Agora sob novo comando, o negócio é torcer para que, como já disse uma vez, o importante seja a entidade e não seu presidente)

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