A escola ameaçada de despejo
Segundo informações transmitidas à imprensa hoje pela manhã, a área onde se encontra a Escola Milton Santos foi concedida, por concessão de uso a título gratuito, pela Prefeitura do Município de Maringá ao Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária e à Universidade Federal do Paraná, para que ali se construisse um Centro de Educação e Capacitação para o desenvolvimento da Agroecologia. A concessão, oficialmente, passou a valer desde março de 2004 e foi feita para 20 anos. São 79 ha (área que encontrava-se em quase a sua totalidade em estado de degradação profunda) e ficam na divisa com Paiçandu. Nesta área havia, também, cinco blocos semi construídos, inacabados e abandonados ao tempo, ruínas de um projeto de indústria de cerâmica que jamais funcionou e que há duas décadas, pelo menos, só se serviram como depósito de lixo, literalmente.
Estes primeiros quatro anos de trabalho constante na escola foram fundamentais na consolidação deste espaço para o desenvolvimento das aulas do Curso Técnico em Agropecuária com ênfase em Agroecologia, tanto na teoria quanto na prática. Como fruto deste esforço, durante os quatro anos, estudaram 188 educandos e educandas de Maringá e dezenas de municípios paranaenses. Este curso funciona em parceria com a Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná com sua grade reconhecida pelo MEC. Cada educando ou educanda que estuda ou estudou na escola possui uma relação direta com pelo menos 50 famílias nas suas comunidades de origem, que é reflexo da proposta pedagógica do curso.
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