Desabafo de sexta-feira à noite

Quando decidi ter o blog, não imaginava tê-lo na dimensão de hoje. Entrei nessa para dissipar minha timidez, como se fosse uma terapia que incluia escrever mais de mim, contar minhas experiências. Mas acabou virando um blog de notícias; raramente escrevo o que originalmente estava planejado.
Admito comentários bens humorados, críticas mordazes, tento segurar xingamentos e coisas de cunho muito pessoal. Como ninguém é perfeito, acaba saindo um exagero aqui, outro aqui. Acho que quem não gosta de mim, e não quiser entrar na fila para pegar senha para me agredir, deveria abrir um blog só para si e usar aquele espaço - não este. Não abri o blog para esquentar minha cabeça.
Pois bem, dois acontecimentos me deixaram chateado nesses dias. Um camarada, que já foi meu amigo, foi até o Café Cremoso e deixou um recado-ameaça para ser entregue a mim. Hoje, ligaram-me no celular e fizeram outra ameaça. Retornei e era um bar perto da casa do mesmo camarada. Ele surtou, na verdade, pois não o critiquei hoje no blog. Minha crítica não inclui o lado pessoal, e por isso me chateio. Não era para acontecer. Pessoas têm várias naturezas e sentimentos, e é uma pena que algumas saiam fora de esquadro. Meu objetivo não é tornar ninguém um criminoso.
Tenho cinco dias para arranjar um advogado e me defender de um inédito processo da Câmara Municipal de Maringá (não é de seu presidente, é da instituição, na qual trabalhei por alguns anos, com orgulho). O Legislativo move uma ação de reparação de danos, pois eu denunciei a licitação superfaturada dos laptops. Quando fiquei sabendo que havia sido notificado por telefone, veio outra notícia: há mais uma ação contra mim na 4a Vara Cível. Respondo ainda dois processos movidos pelo ex-presidente da Acim, Ariosvaldo C. Paulo, e da própria entidade, por pura birra do empresário, que foi desmentido por uma nota que dei na coluna há alguns anos. Quer dizer, já tenho com o que me ocupar, por causa de minha atividade profissional.
Não gostaria de me ocupar com reações pessoais que eu não provoquei, das quais não sou o responsável. Estou meio baixo astral hoje.