PF apura autenticidade da lista de Furnas
A matéria, de Andréa Michael, está na Folha de S. Paulo de hoje:
A Polícia Federal deve convidar os políticos e doadores citados na "lista de Furnas" a prestar esclarecimentos para descobrir se ela é verdadeira.
A lista é um conjunto de 156 políticos que teriam sido beneficiados no primeiro e no segundo turnos das eleições de 2002. Há representantes de vários partidos, principalmente os governistas na ocasião. Os valores somam R$ 40 milhões e estão discriminados por doação. O montante teria sido centralizado em Furnas a partir de doações de 102 empresas privadas, estatais e fundos de pensão que têm relações com a companhia energética.
A lista em poder da PF é uma cópia e não traz consigo outros documentos que sustentem seu conteúdo. Essa combinação inviabiliza uma perícia sobre a autenticidade.
No caso dos políticos que têm mandatos, maioria na relação, a PF só pode fazer um "convite", pois eles têm foro privilegiado, ou seja, só podem ser investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Atualmente o inquérito sobre o assunto está tramitando na primeira instância da Justiça Federal.
Se concluir que há elementos suficientes para colocar os políticos como investigados, a PF terá de encaminhar o inquérito de Furnas para o STF.
A investigação começou no final do ano passado, quando a lista foi revelada pelo lobista mineiro Nilton Monteiro. O papel, segundo ele, seria assinado por Dimas Toledo, que foi diretor de engenharia de Furnas nos governos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva até meados do ano passado, quando deixou o cargo após denúncias do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ).
A PF já fez uma análise técnica sobre os papéis. Concluiu que os carimbos de cartório que reconhecem a assinatura de Toledo e a autenticação da cópia investigada coincidem com os da repartição pública. Mas a polícia quer encontrar o suposto original da lista. Leia mais (só para assinantes).
O jornal traz afirmação de Jefferson dizendo que 50% dos políticos que estão na lista (entre eles, José Borba e Ricardo Barros) ligaram para ele, pedindo pela manutenção de Dimas Toledo na estatal. "Quanto a mim, a lista é verdadeira", disse ele.
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