Primeiros em concurso reprovam no psicológico

A notícia, preocupante do ponto de vista da ética profissional, foi dada por Ronaldo Nezo e reforça a idéia da ojeriza da atual administração contra pessoas que trabalham na gestão do PT. Por quê? Leia primeiro o que este blog publicou no dia 20 de dezembro:

PSF 1
Na segunda-feira, na Secretaria de Saúde, médicos e auxiliares de enfermagem que disputam vagas no Programa Saúde da Família fizeram, pela segunda vez, o teste psicológico.
O primeiro teste, feito 15 dias atrás, foi cancelado por “falha técnica”. Daquela vez, inclusive, a situação ficou meio esquisita quando dividiram a sala em dois: uma com os que têm curso superior e outra para quem não tem, o que soa discriminatório.

PSF 2
Esquisitas mesmo foram as perguntas do teste (150 para auxiliares de enfermagem e 36 para os médicos), elaboradas por psicólogos da própria prefeitura.
Perguntou-se se a pessoa gosta de beijar na boca pessoas do sexo oposto, se gosta de se divertir com pessoas atraentes do sexo oposto e se a pessoa acredita ser a única que conversa com Deus. Teve gente que saiu no meio do teste, por considerar as perguntas pessoais, estranhas e humilhantes.

E, agora, leia o que Nezo escreveu:

A primeira colocada numa das categorias do concurso público da prefeitura de Maringá, para formação do novo PSF (Programa Saúde da Família), foi reprovada no teste psicológico. Ela já trabalhava no programa há pelo menos três anos. Outra profissional, que ficou em 4º lugar, também foi reprovada. Especula-se que o teste psicológico aplicado pelo município seja uma espécie de filtro para cortar aquelas pessoas que não interessam dentro do PSF ou nos quadros da prefeitura.
Embora concorde que os testes psicológicos são importantes, lembro das entrevistas de mestrado nas quais as notas dadas são sempre aleatórias (gente que tem bons projetos, vai bem nas provas, mas não tem QI, fica de fora).