16.1.06

A bicicleta e o ciclista

Por VALCIR JOSÉ MARTINS

Não há controvérsia no uso de expressões como: Fulano tem espírito, para dizer que é inteligente. Beltrano é espirituoso, no sentido de possuir senso de humor. Ou Ciclano é espiritualizado, significando que cultiva valores morais.
A dificuldade surge quando empregamos a palavra espiritualista para designar pessoas que admitem a existência da Alma, a individualidade eterna que sustenta o corpo físico e o situa como ser pensante. Para muitos se trata de mera fantasia religiosa, sem base científica.
Concebem que capacidade de pensar é resultado da organização e do funcionamento de células cerebrais, que produzem o pensamento, assim como fígado produz e bile ou as glândulas de secreção interna produzem os hormônios. Há patologista que afirma: Dissequei centenas de cérebros e jamais encontrei o Espírito.
Frase de efeito, que não diz nada. Porventura teria ele desvendado misterioso mecanismo a gerar o pensamento no interior das células? Alguma pesquisa teria surpreendido idéias sendo produzidas pelos neurônios, da mesma forma que o pâncreas secreta a insulina?
A matéria não pensa. Situemos, a titulo de ilustração, algo bem simples, a bicicleta: Trata-se de um veículo muito eficiente que, para movimentar-se, não prescinde da força motriz gerada pelo ciclista.
O corpo é a bicicleta que o Espírito usa pra a jornada humana. A bicicleta sem ciclista é um objeto inanimado. O corpo sem espírito é mero aglomerado de células em desagregação.A união do Espírito com o corpo intelectualizou a matéria, transformando o ancestral símio antropóide num ser pensante, da mesma forma que a presença do ciclista torna a bicicleta um veículo andante.
Que este texto, baseado em obra de Richard Simonetti, escritor espírita, nos ajude a afastar quaisquer idéias que neguem a existência do Espírito (alma) eterno, e a compreender a importância do corpo como seu veículo aqui na terra.
Cuidemos bem da ‘bicicleta’, através de correta alimentação, exercícios físicos, higiene, refletindo nela juventude que todos podemos ter como ‘ciclistas’, mas não exageremos na vaidade. Plásticas devem ocorrer, prioritariamente, no Espírito, através de uma reforma íntima, é o que aprendemos com o Espiritismo.

(*) Valcir José Martins, administrador, Maringá- PR

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