21.12.05

O esclarecimento de Telma Maranho Gomes

A ex-secretária municipal Telma Maranho Gomes divulgou nota hoje pela manhã a respeito de audiência pública sobre violência policial realizada no último dia 30. Esta é a íntegra:

Venho por meio desta carta esclarecer alguns fatos a respeito da Audiência Pública “Violência Policial Contra os Adolescentes de Maringá”, realizada no dia 30/11/05, promovida pelo Ministério Público-Vara da Infância e Adolescência, Grupo Voz Pela Vida, Associação das Mães Vítimas de Violência Justiça e Paz e Esplay Montinho.
A Audiência Pública é um instrumento importante do Estado Democrático de Direito, de denúncias, posicionamentos e encaminhamentos da sociedade civil e governo sobre as violações de direitos, devendo garantir a ampla participação das diversas representações vinculadas ao tema, de âmbito local, regional, estadual e nacional.

Participei como ouvinte dessa Audiência Pública e em reunião realizada no dia 19/12/05, do Programa Multidisciplinar de Estudo Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente da Universidade Estadual de Maringá, no qual atuo como assistente social, fizemos uma avaliação que a audiência foi realizada as pressas e estranhamente não contemplou várias forças da cidade e do Estado, como aconteceu na Audiência Pública realizada em 2001, ou seja, não foram convidados para organizar essa audiência o Conselho Estadual e Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Estado, o Conselho Municipal da Assistência Social, o Legislativo, o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, Movimento União e Consciência Negra de Maringá, Movimento Nacional dos Direitos Humanos, a Rede Nacional de Advogados Populares, o Programa Multidisciplinar de Estudo Pesquisa e Defesa da Criança entre outros.
Nossa preocupação foi a de constatar a exclusão dos representantes das diversas organizações, movimentos e conselhos citados em prol da organização de uma luta bastante importante e delicada que expõe e coloca em risco muitas vidas humanas.
Essa crítica da falta de participação dos diversos setores eu fiz pessoalmente para o promotor dr. Robertson Azevedo da Vara da Infância e Adolescência, no final da audiência.
Para minha surpresa fui informada que teria sido uma das idealizadoras da Audiência do dia 30/11/05, e que as críticas existentes sobre a forma de organização da mesma me fazem cooparticipe, o que não concordo.
Frente a essa acusação gostaria de primeiro esclarecer que em nenhum momento fui convidada para participar da organização da referida audiência. Agora utilizar o meu nome para legitimar um encaminhamento que no qual não fui nem chamada a participar é no mínimo irresponsável.
Esclareço ainda, que em toda a minha trajetória de militante/profissional, sempre primei pelo respeito, democracia e transparência.
Atenciosamente, Telma.

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