29.10.05

Câmara de Maringá, um convite ao princípio

Maria Newnum, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá, recebeu, como outras pessoas da cidade, um convite de vereadores locais e tornou pública a resposta encaminhada a eles. É interessante. Veja o que ela comentou abaixo.

Recebi o seguinte convite de um vereador de Maringá:
“Os vereadores Marly Martin, Valter Viana, Márcia Socreppa, Umberto Becker e Chico Caina, Prefeitura Municipal e o Conselho Comunitário de Segurança Pública, convidam V.sa. a participar do debate público, para discussão e análise de medidas de segurança pública, tais como: A implantação da guarda municipal, Monitoramento dos pontos críticos através de câmara de vídeo, aprovação e implantação da “lei seca”- projeto de lei 9485/05 de autoria da vereadora Marly Martin, que regulamenta o horário de fechamento dos bares às 23:00h [...] . Data 31/10/2005 – Horário 19:hs – Local: Câmara Municipal. Sua presença é fundamental.”
Respondo dizendo: Nobre Vereador, obrigado pelo convite. Irei sim.
Só não entendi o porquê do convite partir apenas de alguns vereadores e vereadoras e pergunto: Não são todos e todas representantes da população de Maringá? Então qual o motivo do convite partir apenas destes e destas?
Outra coisa que não entendo Nobre Vereador, é o fato de existir ônibus com fotos de vereadores e vereadoras, estacionados na frente na Câmara ou circulando pela cidade, e pergunto:
Dê quem são esses ônibus? Dos vereadores(as) ou do Município? Se são do município, não deveriam carregar fotos de quem quer que seja. Se são particulares, qual é o objetivo? Afirmar o caráter assistencialista particular do(a) vereador(a)? Se sim, com o dinheiro de quem? Particular ou do Município?
E aí surgem outras perguntas, mas a de maior relevância é: É papel de vereadores(as) serem assistencialistas, já que o assistencialismo irá sempre privilegiar algumas pessoas em detrimento da população em geral? Ou é papel de vereadores(as) defender os interesses comuns de toda a população?
É sempre louvável chamar a população para acompanhar de perto os trabalhos e encaminhamentos da Câmara e, acredito como cidadã, que esse esforço deva ser contínuo e não apenas quando há interesses particulares e eleitoreiros de vereadores(as), que não afirmo, seja o caso desse convite.
Digo isso, por não constatar esse empenho, ao contrário, se não fosse o trabalho jornalístico de alguns profissionais sérios da nossa cidade, muitos encaminhamentos jamais seriam de conhecimento da população.
Um exemplo recente é a aquisição dos laptops. Como cidadã, não entendo, como pôde ter havido uma compra num valor tão suntuoso, 230.000 reais conforme noticiou a imprensa, sem o conhecimento e aprovação de todos e todas os vereadores e vereadoras, como declaração feita, pelo senhor inclusive, ao Paraná TV. Há ou não assembléias, discussões e votações na Câmara de Maringá? Eu quero saber? E penso que a população de Maringá também quer saber.
Sei que alguns vereadores e vereadoras podem ter uma resposta simples quanto a ausência da participação popular nos trabalhos da Câmara: “Falta de Interesse”. Mas na época das eleições percebe-se todo o empenho em atrair a atenção da população.
Há sim, pessoas desinteressadas e não sem razão, haja visto, a falta de confiança nos políticos do país. Porém há os que são impedidos porque as atividades da câmara ocorrem no horário de trabalho da maioria da população.
Assim nobre vereador, uma sugestão que faço, como cidadã, ao senhor e aos demais vereadores(as) da câmara de Maringá é que elaborem dois projetos a serem submetidos a consulta popular, nesses termos:
1º. Projeto:
- Que as assembléias ocorram em horários a partir das 19hs, (como em seu convite) facilitando a participação das pessoas que trabalham o dia inteiro;
2º. Projeto
_ Que a função de vereador e vereadora, seja voluntária, sem ônus para os cofres públicos, como já ocorre em vários países e como contam os pioneiros, ocorreu na primeira Câmara de Maringá.
Com as audiências a noite, os vereadores e vereadoras poderiam ter, empregos, como a maioria dos contribuintes, reservando um tempo para dedicação social, como fazem tantos os homens e mulheres de Maringá envolvidos em obras assistenciais, sem interesses financeiros ou partidários, movidos apenas pela consciência cidadã.
Assim quem sabe a população até descida premiar com um Laptop de 11.000 reais, aquele e aquela que melhor se destacasse durante o mandado.
Fica a sugestão e um convite de retorno aos princípios da câmara de Maringá. A população, certamente, comparecerá em peso, caso haja proposta desses dois projetos. Pode apostar.
Saudações
Maria Newnum - vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá
Para ler outros artigos dela, clique aqui.

1 pitacos:

Anônimo,  18:45  

Não adianta mandar mensagem para os edis, pois os laptops ainda não estão funcionando. A leitura também é outro fator que atrapalha a comunicação.

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