Mosaico

Falta de civismo também é falta de parâmetros de convivência em sociedade – Manoel Eliesar

Endereço
A primeira grande dificuldade do novo PMDB, ontem, era ter acesso ao partido propriamente dito. A sala onde funciona a sigla está em nome de terceiros.
A sede da executiva provisória interventora, pelo jeito, será na UEM.

Chegando lá 1
Demorou, mas os Barros conseguiram botar um pé no PMDB.
Da executiva interventora faz parte a professora Adelaide Colombari, chefe do Núcleo Regional de Educação, ex-cargo de confiança Ricardo Barros, aquele do Porto.

Recipiente
Além de Pavanelli e Colombari, integram a executiva interventora: Vanderlei Enami, João Machado e Oscar Conchon.
Os votos de toda a executiva, dizem os defenestrados, não enchem uma caneca.

Chegando lá 2
Mas o novo PMDB contabilizou (esse verbo...) seu primeiro reforço: o vereador Chico Caiana, que se elegeu pelo PTB.
Caiana viria a ser o segundo pé dos Barros no barco do novo PMDB.

Bancada
Com Caiana no partido, o PMDB passa a ter três Vossas Excelências na câmara (os outros são João Alves e Mário Hossokawa).

Desafinado
O presidente da câmara, João Alves, foi na festa de Pavanelli – e destoou.
Até que a intenção foi boa, mas ele é o menos indicado para reclamar do novo PMDB.

Razões
João não poderia falar sobre partido por três motivos: 1) no início do ano ele disse a Dobrandino Silva que concordava com a intervenção no diretório; 2) há 238 dias, ele chamou o principal nome do partido, o governador Requião, de “louco”, em matéria publicada num jornal local; 3) ele é na prática o líder de Silvio II, do PP de Severino, no Legislativo maringaense.

Coincidência
Integrantes do diretório dissolvido estranham que todas as reportagens sobre a entrada de Pavanelli no PMDB, de duas semanas para cá, num jornal local, foram feitas por um jornalista que integra, coincidentemente, a Assessoria de Comunicação Social da Universidade Estadual de Maringá.

Claque
A filiação e posse da executiva interventora foram bem prestigiadas.
Pena que a maioria dos presentes não fosse do PMDB - havia muitos professores (como se diz, foram sob espontânea coação) e muita gente do PP.

Bate-boca
A entrada do reitor Gilberto Pavanelli repercutiu em Curitiba. Romanelli foi duramente questionado, ontem pela manhã, por um assessor do governador Requião.
Romanelli foi acusado de não respeitar a história do partido e ter colocado um reacionário à frente do PMDB.

Saiu
O tenente-coronel Máximo Fim, gerente da Área de EstaR, pediu demissão na semana passada.
Ex-comandante do 4º BPM, tornou-se conhecido na administração municipal pela inconstância de presença no ambiente de trabalho.

E a Guarda?
A saída de Fim passa a sensação de que houve potocada, maxambeta e leuconiquia.
Em recente entrevista, Silvio II afirmou que era o tenente-coronel (da reserva) que estava incumbido de montar a Guarda Municipal de Maringá. Das duas, uma: se ele saiu, é porque (1) a montagem da Guarda Municipal ficou pronta (2) não ficou.

Promessinha
Aliás, mais uma contribuição da coluna sobre goma, maranhão e pomada: alguém se recorda qual o prefeito que disse que as mães teriam creches funcionando 24 horas já a partir de seu primeiro dia de administração?

Saúde
A TV Cultura (Globo) mostrou uma matéria caprichada sobre a situação da saúde de Maringá, no telejornal de ontem à tarde.
A gestão Silvio II trocou de secretário de Saúde duas vezes em oito meses e não conseguiu acertar o setor.

Não combina
Aliás, não é interessante que Silvio II tenha promovido Flor Duarte de diretora a secretária de Cultura e em seguida tenha cortado a verba para o tradicional desfile de 7 de Setembro?
Ruim inclusive para a biografia da dedicada Flor.

Custo
Sarandi realiza desfile hoje, e vai gastar cerca de R$ 12 mil. Vá lá que se gastassem R$ 25 mil em Maringá: era só entrar em acordo com João Alves, presidente da câmara.
O Legislativo vem gastando R$ 80 mil só para divulgar entre alguns privilegiados as palestras da Semana da Pátria. Dava para fazer quase três desfiles.

Apoucado
O mais engraçado é que a prefeitura de Maringá divulgou material convidando a população para o hasteamento da bandeira, hoje às 9h, defronte o paço municipal.

Colaborador
Silvio II é articulista da Revista dos Eventos, editada pela Expo Editores, de São Paulo.

Trabalhador
Luis Miura deveria ganhar hora extra.
Ontem às 7h ele estava defronte ao Instituto Estadual de Educação. Com uma câmera digital à mão, filmava a passagem dos alunos na faixa.

Consciência
Aos pouquinhos, parte dos maringaenses (infelizmente, mais os pedestres que os motoristas) vai formando uma consciência sobre a faixa.
Tem gente imitando Miura e, quando vê carros em cima das faixas, vai pra cima, pára, fica encarando, para ver se o sujeito sem CPF toma tento.

Questão
Por analogia, metade do DCE é de drogados?

Piadinha
Dizem que o presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, deixará o PL, constrangido pelo que aconteceu com o diretório maringaense.

Sindicância
Uma funcionária pública federal, de Maringá, é alvo de sindicância, que investiga o uso do órgão na venda de projetos particulares a empresas e prefeituras da região.
O pessoal de Brasília, que esteve aqui na semana passada, retornará na próxima semana para continuar as apurações que podem resultar na exoneração da servidora.

À forra
No fundo, no fundo, com Pavanelli, Colombari e Caiana os Barros se vingam de Romanelli.
Foi ele que, em 2000, elaborou a constrangedora pergunta que Silvio Name Júnior fez a Cida Barros, naquele debate da TV Cidade. Ele quis saber se Cida, eleita prefeita, iria sair pela janela como seu marido.

Verba federal
Maringá mantém o terceiro lugar no recebimento de verbas federais.
Este ano já recebeu R$ 43 milhões 472 mil 724,39, atrás de Londrina (R$ 70.129.224,66) e de Curitiba (R$ 255.352.017,94), mas à frente de Foz do Iguaçu (R$ 30.546.956,06), Ponta Grossa (R$ 23.016.433,19) e Cascavel (R$ 22.355.966,93).

Memorex
Requião já perdeu eleição em Maringá, sim, ao contrário do que se fala por aí.
Foi no primeiro turno das últimas eleições estaduais. Alvaro Dias (PDT) fez 51.830 votos (31,4%), enquanto Requião fez 44.874 votos (27,2%). No segundo turno, com apoio do PT, a coisa mudou: Requião fez 85.432 votos (54,7%), contra 70.841 de Alvaro (45,3%).

Posição
Para a SER, desfile não é fundamental. Já continuar de bem com o establishment...
É compreensível que a entidade não conteste a administração, já que Silvio II foi o único candidato a usar o símbolo da SER em outdoors e panfletos durante a campanha eleitoral.

Civismo
Nossa pobreza de civismo, cultura e esperança neste país tem se mostrado maior que a miséria material - César Romão (falando de Portugal)

Credibilidade
Os profissionais de maior credibilidade, junto à população, segundo o IBGE, são os médicos.
Isso explica porque alguns deles se dão bem na política.

Erramos
Ao contrário do que a coluna informou ontem, o deputado Balbinotti não foi à filiação do reitor Pavanelli. Enviou representante.


O "NOVO PMDB" COMEÇOU MAL
Gilberto Pavanelli, mais de uma vez, fez questão de destacar que o reitor Pavanelli é um e que o cidadão Pavanelli é outro. É este último que está ingressando no PMDB, não o magnífico reitor. Só que, dias atrás, o cidadão Pavanelli recebeu dois membros da executiva do diretório dissolvido na sala do reitor Pavanelli, durante horário de expediente deste. Ficaram das 10h30 às 12h30 discutindo política partidária e interesses do cidadão Pavanelli. Do telefone da Reitoria da UEM também foram disparados telefonemas para membros do partido, convidando-os para fazer parte da executiva interventora. Na noite de segunda, no Deville, novamente a confusão entre o cidadão e o reitor, o partido político e o Estado, o público e o particular. Durante o período de 50 minutos (tempo que permaneci por lá) dois carros pertencentes ao poder público, com pneus, combustível e motoristas pagos com o meu e o seu dinheiro, foram levar servidores públicos ao evento, eminentemente partidário: por volta das 19h15 a Parati 1.6 MI, ano 99, modelo 2000, AIS-3761; às 19h50, o Escort Wagon GL 1.8, ano 2002, modelo 2003, de placas AKP-0924, ambos da UEM e segurados pela Hannover International Seguros. A utilização da estrutura da UEM num acontecimento partidário é um péssimo exemplo e um mau começo para quem chega como renovação - entende-se que renovados também deveriam ser os hábitos.


NA REDOMA
Por sugestão do leitor (que é quem manda na coluna), a sugestão, tardia, para que Silvio II mantivesse a realização do desfile cívico de 7 de Setembro sem se preocupar com sua segurança: um Silviomóvel, nos moldes do Papamóvel.


SEM DESFILE
Há um ano, um maringaense fez a alegria de Lula e de quem assistia ao desfile de 7 de Setembro em Brasília, capital federal. O maratonista Vanderlei Cordeiro desfilou carregando uma bandeira e foi aplaudido durante todo o trajeto do desfile.
Pois este ano os conterrâneos de Vanderlei não terão o prazer de ver um desfile de 7 de Setembro. O atleta deve estar tão chateado quanto seus compatriotas.